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Morte, dor, omissão e um grande problema para o futuro do Amazonas


Por Raimundo de Holanda

14/01/2021 21h19 — em
Bastidores da Política



A Covid 19 , com origem em Wuhan, na China, acabou se transformando em  um  problema brasileiro, com a variante amazônica. E um problema para os amazonenses. Nesta quinta-feira dezenas de pessoas morreram nos hospitais por falta de oxigênio. Não foi exagero a comparação dos campos de concentração nazistas com a rede hospitalar de Manaus, com a diferença de que o carrasco não era o médico, o enfermeiro, o atendente,  mas um governo que não se preparou para o risco evidente de uma segunda onda da doença no Estado.

Um governo que cedeu a pressão da opinião pública e permitiu as festas de final de ano.

Um governo que foi complacente com a concentração de pessoas, que foi conivente com empresários sedentos de lucro, que foi incompetente  na presteza do serviço necessário `à saúde, que não construiu usinas de gás para abastecer os hospitais, embora dispusesse de dinheiro para isso.

Um governo que passa para a história como o governo da matança e da desesperança de um povo.

O que vai sobrar depois da pandemia - e ela vai passar - são sequelas, um  Estado falido, com dezenas de milhares de ações judiciais e pedidos de pagamento de pensão, além da responsabilização cível e criminal do governador do Estado.

Não é pouco. Serão anos de reconstrução, de empregos perdidos, de busca de caminhos que neste momento desaparecem no horizonte.

Que venha a paz. Mas que venha logo. Tem gente fazendo sua parte - o governo federal está fazendo a dele, as empresas também, as recomendações dos órgãos de controle chegam atrasadas, mas chegam. Ainda não é o fim….

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.