Eleições gerais: 2022 pode ser o pior ano de nossas vidas
E a gente que pensava que o ano seria de transformações, de mudanças estruturais, de reaproximação de grupos com perfis ideológicos diferentes em nome de uma causa maior: a estabilidade politica e econômica do País. Mas o cenário que se vislumbra é outro - com tempestades à vista e para as quais o Brasil nunca esteve preparado.
A eleição geral será em outubro, mas as peças no tabuleiro já se movem por osmose. Não há esforço nem preparo. As lições do passado foram esquecidas e um mundo paralelo se ergue em nome de uma aposta aterradora: 'quanto pior melhor'.
Nesse cenário previsível entram a direita terrorista norte-americana e os hackers russos, os interesses econômicos chineses, formando um ambiente eleitoral propício para convulsões sociais empurradas pelo encorajamento de grupos de ultradireita brasileiros e organizações criminosas, tambem interessadas na eleição.
As ORCRIM sabem apostar em certos nomes e sabem que essa aposta é a garantia de que sobreviverão no pós-eleição, garantirão seu domínio sobre as cidades, terão mais facilidades para acessar armamentos, enquanto ganham do poder politico dominante o caráter de invisíveis… Aliás, sempre agiram dessa forma e tiveram êxito, ou não seriam tão eficazes no tráfico de drogas e na carnificina sem paralelo que provocam nas cidades brasileiras.
A grande arma do terror é o medo. E o medo é um instrumento de persuasão de governos autoritários sobre o povo. A ultradireita sabe usar muito bem do medo para conduzir rebanhos e consolidar seus interesses.
O Brasil não pode achar que está imune ao terrorismo. Tem que se preparar para ele e fatalmente ocorrerão casos sem aparente ligação com o processo eleitoral, mas destinados a levar o medo e a insegurança ao eleitor.
Se não forem abortados por um eficiente sistema de segurança, com infiltrações nesses grupos e uma rede informações eficiente, então este será o pior ano de nossas vidas…
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.