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David confunde público com privado e culpa 'rapaz' por asfalto em casa


Por Raimundo de Holanda

03/02/2021 17h27 — em
Bastidores da Política


  • David Almeida continua pensando nele mesmo.  É personalista, egoísta e anda confundindo público com privado. Não parece ter noção da grandeza do cargo que ocupa.

O prefeito de Manaus, David Almeida, atribuiu a um “rapaz” -  não citou o nome, mas a infraestrutura está a cargo do vice-prefeito  Marcos Rotta - “o erro" de colocar  asfalto apenas no trecho da rua onde ‘mora' , no Morro da Liberdade. Fez um “sincero" pedido de 'desculpas à população. Pronto. Problema resolvido. Todo mundo entendeu.

David continua pensando nele mesmo.  É personalista, egoísta e anda confundindo público com privado. Não parece ter noção da grandeza do cargo que ocupa. Primeiro foi o caso da fura-fila da vacina, agora o problema do asfalto - como se tudo fosse dele e não da sociedade.

Pessoas personalistas como David deveriam ter um espelho e se descobrir num olhar, descobrir os vários ''eus”que há  neles e, em nome do interesse público, se despir de todos eles.

David não tem inimigos. Nem visíveis, nem invisíveis. Se há um, potencialmente perigoso, é ele mesmo, o desequilíbrio com que responde a criticas, com que ameaça a imprensa, com que provoca  os órgãos de controle.

Por falar em controle, é isso que falta ao prefeito. Controle - primeiro o autocontrole - ele mesmo avaliando que medidas pode tomar de forma civilizada,  como encarar os problemas no modelo  republicano. Depois, a Câmara, que não pode ser estritamente governista.

Os vereadores precisam compreender que não são funcionários do prefeito, são representantes da população.  Em seguida, o olhar necessário da  Defensoria Pública, do  Ministério Público do Estado do Amazonas, do Tribunal de Contas e do Ministério Público de Contas. Com muitos olhares sobre ele,  pode até mudar e se tornar o prefeito que Manaus sonhou.

 

 

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.