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Bolsonaro não precisa morrer para 'ressuscitar' como um novo homem


Por Raimundo de Holanda

14/07/2021 18h00 — em
Bastidores da Política



O presidente Jair Bolsonaro enfim se depara  com  uma realidade cruel. O mal-estar que o levou a ser hospitalizado nesta quarta-feira coloca abaixo o mito de que é um  "super atleta”, como disse tantas vezes, “imorrivel”. Percebe-se o terror que a suposta obstrução intestinal causou ao presidente. De repente ele parece perceber que é igual a todos nós: frágil e incapaz de definir o seu destino.

Pode ser ”incomível”, como se autoproclamou tantas vezes, mas ai não havia como agora o Centrão, que literalmente come seu governo pelas beiradas. Ou seria outro o contexto dessa frase de Bolsonaro?

Talvez seja "imbroxável", como disse em uma desesperada tentativa de fortalecer seu ego e expor seus ocultos desejos. Mas falou para um mundo essencialmente masculino que o segue.

Quem, entre seus seguidores mais fiéis, vai querer colocar isso à prova?  Então, é outra coisa a ser comprovada.

Mas o essencial é dar um tempo. Não importa agora olhar para trás. Bolsonaro está doente.

O desejo  dos brasileiros é que se recupere e a dor de agora o transforme em um novo homem.

Que o ódio que ele tem espalhado, que os atentados à democracia que ele tem fomentado, que seu cômodo interesse em defender fabricantes de cloroquina em detrimento da  vacina - ele os enterre e ressurja diferente.

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.