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Arsenal explosivo em mãos dos pré-candidatos ao governo do Amazonas


Por Raimundo de Holanda

27/12/2021 20h14 — em
Bastidores da Política



As pesquisas de intenção de votos começam a revelar  como os eleitores vêem os pré-candidatos ao governo do Amazonas e como os avaliam. São um termômetro, não a imagem perfeita de um jogo que nem começou para valer. 

Por enquanto há um reservado silêncio, uma espécie de armistício entre os políticos na busca de  alianças que poderão  ser consolidadas ou não até as convenções partidárias marcadas para julho. 

Mas paralelamente à tentativa de cooptar eventuais adversários, há um arsenal sendo cuidadosamente montado pelos diversos grupos interessados no governo. 

Uma guerra de propaganda, de desconstrução de imagem e com capacidade explosiva e inimaginável a ser declarada a qualquer momento. 

Como a maioria dos políticos tem um passado cheio de segredos e escândalos, ou um presente marcado por confusões, denúncias e tragédias, o potencial de destruição em poder de cada um deles é muito grande.

Verdades e mentiras serão usadas para destruir reputações. E tudo sem o controle que a Justiça Eleitoral afirma que tem, mas na verdade não dispõe de mecanismo de controle eficaz das mídias sociais e dos aplicativos de celular, a grande janela para as noticias falsas.

O eleitor, como sempre, será apenas um ouvinte incapaz de assimilar e peneirar o grande volume de desinformação com o qual seria bombardeado.

Os políticos precisam entender agora - e isso é urgente - que para conquistar o eleitor o candidato não precisa destruir o adversário. Pode ser ingênuo pensar que cabe ao candidato apenas buscar convencer o eleitorado de que é o melhor, que tem o melhor programa, as melhores propostas, que está antenado com os anseios da sociedade. 

Mas quem fizer isso, quem for capaz de fazer isso e fugir da tentação de minar os adversários, humilhá-los, nocauteá-los, pode conquistar um eleitorado que sabe que vem sendo enganado ao longo dos últimos 50 anos; que só é importante no dia da eleição; que depois não é ouvido e ainda é cobrado pelo erro de escolhas equivocadas. 

Vai  vencer quem for honesto com o eleitor, independentemente se seu histórico como administrador foi bom ou ruim em algum momento de sua história. 

Se ninguém acreditar que essa é a melhor estratégia para ganhar a eleição, então viveremos dias conturbados, violentos, insanos. A vítima, como sempre, será a democracia.

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.