Nova lei limita Prêmios Literários de Manaus apenas a residentes do Amazonas
Manaus/AM - O prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), sancionou a lei que restringe a participação nos Prêmios Literários Cidade de Manaus apenas a escritores residentes no Amazonas. A nova regra, instituída pela Lei Municipal nº 3.580/2025 e publicada no Diário Oficial do Município no dia 10 de dezembro, altera o regulamento do concurso, antes aberto a autores de todo o país.
O prêmio contempla dez categorias, como romance, conto e crônica, com remuneração de R$ 8 mil para cada vencedor. Segundo a prefeitura, a abertura nacional dificultava a valorização da produção literária local. Na justificativa enviada à Câmara Municipal, David Almeida afirmou que a medida busca garantir que os recursos municipais fortaleçam a literatura produzida no estado, ampliando o reconhecimento de autores regionais e reforçando a identidade cultural amazonense.
Na edição de 2024, o concurso recebeu inscrições de 133 autores do Amazonas, além de participantes de vários estados, como São Paulo (120 inscritos), Rio de Janeiro (58) e Minas Gerais (55). A categoria Mário Ypiranga Monteiro ficou sem vencedor por ter apenas três obras inscritas — e, conforme a legislação atual, cada categoria só terá premiação se receber ao menos sete trabalhos aptos.
Organizado pelo Conselho Municipal de Cultura (Concultura), o Prêmio Literário Cidade de Manaus é um dos mais tradicionais da região. Com a nova lei, a seleção passa a priorizar exclusivamente escritores que vivem no Amazonas, estabelecendo um recorte estadual que, segundo a gestão municipal, pretende consolidar e incentivar a produção literária local.
ASSUNTOS: Amazonas