Mulher tenta na Justiça autorização para ficar com macaco silvestre no Amazonas
Manaus/AM - Em meio à repercussão do caso da capivara Filó, a juíza Mara Elisa Andrade, da Justiça Federal do Amazonas, negou pedido de uma mulher que queria ficar com um macaco que já tinha até nome: Júlio.
A mulher resgatou Júlio no interior e foi até o Centro de Instrução de Guerra na Selva (Cigs) e ao Ibama para obter informações de como regularizar a posse do animal, mas no Ibama foi informada que não poderia obter o documento.
Desde então o animal está abrigado no Cetas (Centro de Triagem de Animais Silvestres em Manaus) na zona rural da capital.
Com a informação de que o animal seria solto na natureza, a mulher entrou com ação pedindo que o macaco não fosse solto, mas a juíza manteve a decisão do Ibama.
A mulher disse que, nos 13 meses que cuidou do macaco, rapidamente criou “fortes laços de extremada afetividade com o animal, tratando-o com todo cuidado e zelo, inclusive como se fosse um membro da família (filho)”.
"Todavia, o afeto que a autora sente pelo macaco Júlio e a alegada enfermidade decorrente da perda da posse do animal, por si sós, não justificam o impedimento da tentativa de reintegração do macaco ao seu ambiente natural. Isso porque, ao reconhecermos que seres sencientes são dotados de dignidade e valor próprios, chega-se à conclusão de animais silvestres apenas excepcionalmente poderão ser submetidos a guarda humana", cita a magistrada.
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