A Justiça Federal aceitou a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), nesta segunda-feira (21), e tornou réu Rubén Dário da Silva Vilar, o “Colômbia”, acusado de ser mandante dos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, ocorridos no Vale do Javari, no interior do Amazonas.

De acordo com o MPF, Ruben Dário atuava em uma organização criminosa que trabalhava com um esquema de pesca ilegal na região do Vale do Javari. O acusado financiava o grupo e teria entrado em contato com os acusados de cometerem os assassinatos. 

Para a juíza federal Cristina Lazzari, existem provas que apontam o envolvimento de Colômbia, entre elas ligações telefônicas, depoimentos, apreensão e escutas autorizadas. 

Dom e Bruno desapareceram durante uma expedição pelo Vale do Javari, e foram vistos pela última vez no dia 5 de junho de 2022. Durante a investigação da polícia, os restos mortais das vítimas foram localizados em uma mata, no dia 15 de junho do mesmo ano. A perícia concluiu que as vítimas foram mortas a tiros, tiveram os corpos esquartejados e queimados.

Philips estava produzindo o livro “Como salvar a Amazônia”, com o objetivo de mostrar a vida dos indígenas naquela área, e as invasões sofridas na Terra Indígena do Vale d Javari. As investigações indicam que as vítimas foram mortas devido ao trabalho de fiscalização que estavam fazendo. A polícia também identificou que Colômbia financiou cartuchos para matar as vítimas e ajudou nos trâmites para esconder os corpos. 

Além de ser envolvido com a pesca ilegal, ele também atuava no tráfico de drogas e usava documentos falsos, o que levou a sua prisão em 8 de junho de 2022. Atualmente, o homem encontra-se preso à disposição da Justiça.