"Importado sucateado de outros países não interessa", diz Sinésio sobre médicos estrangeiros
O deputado Sinésio Campos (PT) considera importante o programa Mais Médicos, lançado em Manaus pela presidente Dilma Roussef, mas pelo discurso desta terça-feira 29, na Assembleia Legislativa, vai ficar no pé dos “importados”. Inclusive prometeu pedir ao Conselho Estadual de Medicina para acompanhar a chegada de sete médicos que seguirão para Itacoatiara e diz que “importado sucateado não interessa”. Ele defende o exame Revalida e acredita até que os “importados” acabarão se sentindo “ludibriados” ao perceber o custo de vida no Brasil. Também chama a atenção para a devolução da maior parte do salário de médicos cubanos para o governo cubano.
“Os cubanos estão vindo. Então é bom que a gente diga que dos 100% do salário que vão receber, 60% eles vão deixar na ilha de Fidel castro. E no começo, vão dizer que esses 40% que vão ficar com os médicos é muito em relação ao salário que eles recebem no país comunista. Mas depois da convivência aqui no Brasil, vendo o custo de vida no Brasil que não é igual ao de Cuba, eles vão perceber que esses 40% que recebem não vão atender as expectativas e podem se sentir ludibriados”, disse.
Ilustrando o discurso usando a imagem de produtos importados, Sinésio afirmou: “Se estamos sofrendo por falta de médico, é bom que se tenha aqui os importados de qualidade. Porque importado sucateado de outros países, não interessa. Para cá veio muito sucatão, muito produto importado e o povo comprou gato por lebre”. Sinésio falou sobre os sete médicos que devem trabalhar em Itacoatiara: “Vou pedir ao Conselho Regional de Medicina que faça o Revalida. Quero o curriculum vitae deles, quero saber que tipo de importado o Brasil está comprando”.
O petista também disse que o Revalida tem de ser para todos: “Vale para cubano, peruano, chinês, não interessa a nacionalidade, têm de passar pelo Revalida. Quando você compra um ventilador de procedência duvidosa, você já sabe, pela marca, se vai durar um dia ou dez anos”.

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