Caso Djidja: Justiça nega liberdade a coach e mantém medidas para funcionária
Manaus/AM - O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu manter a prisão preventiva do coach Hatus Moraes Silveira e as medidas cautelares impostas a Verônica da Costa Seixas, investigados no caso da morte da ex-sinhazinha do Boi Garantido, Djidja Cardoso. A decisão foi tomada pelo ministro Sebastião Reis Júnior, que rejeitou o pedido de liberdade feito pela defesa de Hatus.
No caso de Verônica, permanece a obrigação do uso de tornozeleira eletrônica e outras restrições judiciais. O ministro destacou que, mesmo após o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) ter anulado uma condenação anterior por cerceamento de defesa, os fundamentos da prisão preventiva não foram reavaliados pelos desembargadores.
Com isso, caberá ao juiz de primeira instância reexaminar a necessidade das medidas cautelares, que devem seguir em vigor até nova decisão. O STJ reforçou ainda que o processo precisa avançar dentro de um prazo razoável para evitar indefinições sobre a situação dos acusados.
No fim de setembro, a defesa de Cleusimar de Jesus Cardoso e Ademar Farias Cardoso Neto, mãe e irmão de Djidja, conseguiu a anulação do processo em primeira instância, com a determinação de que o caso seja refeito desde o início. Os advogados alegaram falhas na inclusão de laudos sobre substâncias apreendidas, que, segundo eles, reforçariam a tese de uso e não de tráfico.
As investigações apontam que a família Cardoso teria fundado uma seita religiosa que utilizava substâncias de uso veterinário, como cetamina e potenay, em cultos. Djidja Cardoso morreu em maio deste ano, vítima de depressão cardiorrespiratória, consequência, segundo a polícia, de torturas praticadas por sua própria mãe. Os indiciados respondem por crimes que incluem tráfico de drogas, sequestro, cárcere privado e tortura com resultado morte.
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