Avião da Azul sofre pane em voo para Parintins e retorna a Manaus

Manaus/AM – Uma viagem que prometia ser rotineira entre Manaus e Parintins transformou-se em momentos de apreensão para a passageira Estrela Cecília Holanda e os demais ocupantes de uma aeronave de pequeno porte da empresa Azul na noite desta quarta-feira (25).
O voo, que partiu do Aeroporto Eduardo Gomes às 20h30 com destino à "ilha da magia", teve um imprevisto que obrigou o piloto a retornar ao ponto de partida.
Azul explica problema em voo de Manaus para Parintins
Cerca de dez minutos após a decolagem, o comandante alertou os passageiros sobre uma anormalidade: uma das portas de emergência estava sofrendo pressão incomum, possivelmente devido a um encaixe incorreto.
A situação, explicada com calma, escondia a gravidade do problema: a aeronave estava desbalanceada, e o risco era real. Diante da ameaça, a decisão foi clara: meia-volta e retorno imediato ao aeroporto da capital amazonense.
Após um pouso seguro, Estrela Cecília e os outros passageiros aguardaram por aproximadamente 40 minutos enquanto a equipe de manutenção avaliava o incidente.
A espera culminou na realocação para uma nova aeronave, visivelmente mais moderna e em melhores condições. A aeronave que havia apresentado o problema, agora vista à distância, revelava sinais de desgaste que antes não haviam sido notados.
Apesar de ter conseguido prosseguir viagem, Estrela de Holanda relatou a apreensão que a acompanhou no restante do percurso.
Confira relato na íntegra:
"Embarquei em uma aeronave de pequeno porte, partindo de Manaus rumo a Parintins às 20h30, com previsão de chegada na chamada ‘ilha da magia’ em 54 minutos. Cerca de dez minutos após a decolagem, o comandante nos alertou: uma das portas de emergência estava sofrendo pressão anormal, possivelmente devido a um encaixe incorreto. A aeronave estava desbalanceada. O aviso, dito com calma, carregava um peso maior, havia risco. Demos meia-volta em direção ao aeroporto Eduardo Gomes.
Após o pouso, esperamos por cerca de 40 minutos enquanto a equipe de manutenção avaliava o ocorrido. Fomos então realocados em outra aeronave visivelmente mais nova, mais íntegra. A anterior, agora à distância, revelava sinais de desgaste. Segui viagem atenta, apreensiva. Com a cabeça já em Parintins, mas o corpo ainda digerindo o susto a 10 mil pés do chão.".

ASSUNTOS: Amazonas