Exposição Fotográfica sobre vida e morte de violinista começa nesta quarta-feira
Manaus, 17 de fevereiro de 1915, a jovem violinista Ária Ramos morria vítima de uma bala perdida durante um baile, em plena terça-feira gorda de Carnaval, no Ideal Clube, localizado, à época, na Avenida Eduardo Ribeiro esquina com Henrique Martins, Centro. O crime que chocou a capital amazonense com seus quase 100 mil habitantes nunca foi elucidado e silenciou para sempre o violino da artista prodígio no auge dos seus 18 anos.
Mais de um século depois, o Museu Paço da Liberdade abre as portas para receber a exposição inspirada na vida e morte de Ária Ramos. Organizada por quatro fotógrafos, a exposição apresentará 24 imagens que trazem uma leitura contemporânea da mulher cuja morte ainda envolve grande mistério.
Aberta ao público a partir do dia 17 de fevereiro, a data escolhida não é uma simples coincidência: marca os 101 anos de morte de Ária. Tácio Melo, fotógrafo e um dos organizadores da exposição, conta que o interesse pela vida e morte da artista surgiu em 2011, quando, ao fotografar no Cemitério São João Batista, Zona Centro-Sul, se deparou com a sepultura de Ária feita em mármore, com a figura da jovem de corpo inteiro ostentando seu violino.
Segundo Tácio, as fotografias que serão expostas não remetem a Manaus do século 19, e trazem a modelo Gabriela Nunes, na pele de Ária. “São momentos inspirados que remetem aos ensaios, cotidiano e a morte de ‘Ária Ramos’”, comentou. Compõe a exposição ainda fotografias de Rodrigo Tomzhinsky, Thaís Tabosa e Bárbara Umbra.
O Museu Paço da Liberdade, administrado pela Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), está localizado na Praça Dom Pedro II, S/N, e funciona de segunda a sexta, das 9h às 16h30 e aos sábados, das 9h às 16h.
SERVIÇO:
O QUÊ: Exposição Ária Ramos
QUANDO: a partir do dia 17 de fevereiro
ONDE: Museu Paço da Liberdade, Centro Histórico de Manaus
QUANTO: Gratuito
CONTATO: Tácio Melo (92) 9386-8755
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