Manaus/AM - Atendendo a um pedido feito pelo Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE/AM), o juiz Fábio Lopes Alfaia pediu a prisão temporária, busca e apreensão, quebra de sigilo bancário e telefônico do diretor do presídio no município de Coari, Gilberto Caldas de Souza Júnior e do policial militar Délcio Monteiro da Costa, que trabalha na unidade prisional, por suspeita de formação criminosa.

Segundo a ação impetrada pelo promotor Weslei Machado, Gilberto estaria recebendo dinheiro dos líderes de organização criminosa chegando a permitir a saída de alguns detentos para cometerem crimes na cidade. Além disso, Gilberto facilitaria a entrada de armas, drogas, bebidas alcoólicas, mulheres e aparelhos celulares, conduta que supostamente também seria praticada por Délcio. Os dois tiveram o exercício das atividades públicas suspensas.

De acordo com o MPE, as investigações iniciaram no mês de agosto quando no segundo turno das eleições suplementares foi denunciado que presos estariam fora do presídio, o que foi confirmado durante a contagem dos mesmos. Depois disso, o promotor Weslei com a ajuda de policiais militares, constatou outras irregularidades na unidade prisional como, por exemplo, a entrada de pessoas no local autorizadas por Délcio no dia de seu plantão.

O processo está sendo mantido em segredo de Justiça.