Os procedimentos estéticos tiveram um crescimento considerável nesses últimos anos. Em 2020, o Google registrou um aumento de 540% nas pesquisas sobre harmonização facial no país e muitos profissionais sentiram essa expansão devido a pandemia do novo Coronavírus.

De acordo com Salima Makdci, biomédica analista clínica, especializada em biomedicina estética, o crescimento se deve ao fato de que as pessoas começaram a ter um cuidado maior com a saúde mental durante a pandemia. “Devido a situação que passamos com o covid-19, muitas pessoas desenvolveram problemas de autoestima e, com isso, resolveram procurar clínicas de estética para tratar sobre esses assuntos”, destaca.

O conjunto de técnicas que os procedimentos estéticos têm ajudado pessoas a se sentirem mais confortáveis com a aparência. “Atualmente, o paciente vai fazer um procedimento não só pela estética, mas também para melhorar a autoestima, e, consequentemente, conseguimos proporcionar uma mudança positiva a ele com as nossas técnicas especializadas”, explica Rebekah Oliveira, farmacêutica especialista em harmonização facial.

O processo de harmonização é recomendado para quem tem o objetivo de tratar as insatisfações no rosto, seja pelo envelhecimento ou formato anatômico, independente de faixa etária ou gênero. Makdci ressalta que os métodos usados precisam ser muito bem calculados para que não seja perdida a identidade facial. “Não é só chegar no consultório e realizar as mudanças, é preciso conversar com o paciente, explicar os processos e propor as melhores decisões para não tirar a naturalidade do rosto”, aponta Makdci.

Além da autoestima, são muitos os casos clínicos que podem ser usados os procedimentos estéticos para melhorar sequelas causadas por alguma doença ou acidente. A paralisia facial, caracterizada pelo enfraquecimento ou paralisia dos músculos de um dos lados do rosto, é um dos exemplos que a harmonização pode amenizar os danos. “Existem pacientes que recorrem à fisioterapia e, nos meses seguintes, à harmonização facial para ter um melhor resultado. Isso ocorre devido a interligação das áreas da saúde que se juntam para fazer esses procedimentos”, explica Rebekah.

“É muito gratificante quando enxergamos que o paciente conseguiu ter uma melhora na relação com o próprio corpo”, explica Rebekah. É importante ressaltar que cada pessoa tem uma queixa diferente, e é nesse momento que o profissional fará a avaliação necessária para que possa ser utilizado o melhor processo. “A anamnese, que é a entrevista realizada pelo profissional de saúde, é um passo fundamental para o processo. É possível saber através dessa conversa se o paciente tem alguma doença patológica para analisar se existe alguma limitação”, acrescenta a especialista.

Popularidade dos procedimentos estéticos

De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, entre 2014 e 2019, a quantidade de procedimentos de harmonização facial subiu de 72 mil para 256 mil ao ano. “Atualmente, as áreas da saúde se juntam para realizar tais procedimentos. Existem biomédicos, farmacêuticos e até dentistas que já possuem conhecimento necessário para realizar procedimentos estéticos”, explica Salima.

Rebekah explica que, para obter um resultado melhor nas mudanças estéticas com harmonização, é necessário ter um plano de saúde para que ocorra um bom acompanhamento do caso. “É importante ter um plano de saúde, porém, caso não tenha, é possível realizar o procedimento através de consórcios de harmonização facial, ao qual pode-se dividir em mais de dez parcelas mensais para que o paciente fique tranquilo financeiramente”, explica a especialista.