Em 2020, ondas de ataques e mais de 40 mortes em dez dias desafiam gestão de Bonates na SSP-AM
O mês de janeiro de 2020 começou violento em Manaus, com 43 mortes registradas nos dez primeiros dias daquele mês, com ataques de bandidos em represália pela morte de um traficante de drogas integrante de uma facção criminosa.
Os atos de vandalismo foram ordenados por integrantes de um grupo criminoso que estavam dentro de um presídio.
O fato obrigou a Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM), sob o comando de Louismar Bonates, deflagrar, no dia 10, uma sexta-feira, uma operação nas seis zonas da capital amazonense com o objetivo de inibir novos casos de homicídio.
Mesmo afirmando que “a criminalidade na cidade não está fora de controle", Bonates teve que explicar casos como o ocorrido no dia 9 de janeiro, quando um menino de 10 anos de idade foi morto após ser baleado em um tiroteio no bairro Novo Aleixo, zona Norte.
Segundo ele, dois acusados estavam presos, sob custódia da Polícia Militar em um hospital da cidade.
Naquele ano, na primeira semana de Janeiro foram contabilizados 35 assassinatos violentos em Manaus, mais de 48% do total que havia sido registrado ao longo todo o mês de janeiro de 2019 na capital, quando houve 73 mortes violentas.
Casos como de um adolescente de 17 anos e um homem de 33, encontrados mortos dentro de um carro, no bairro Novo Aleixo, desafiavam a polícia, enquanto outras vítimas iam aparecendo.
A justificativa de Bonates para o índice elevado de mortes violentas, que aterrorizava a população de Manaus, era os conflitos entre grupos criminosos organizados já estariam sob investigação da polícia.
Mas ele tinha que repetir várias vezes que o sistema de segurança pública tinha o controle da segurança pública do Estado.
“Não está fora de controle, tanto é que nós estamos com todas as polícias, tanto a Polícia Militar, quanto a Polícia Civil - inclusive o Detran - nas ruas da cidade reforçando o policiamento para que a gente consiga diminuir isso", afirmou.
Para comprovar a fala, anunciou a prisão de 31 suspeitos de participação nos ataques em Manaus e em cidades no interior.
E entre os presos, estavam duas lideranças acusadas de planejar as ocorrências, entre os quais uma criança de 11 anos, que também participou dos ataques.
Na época, o estado pediu reforço da Força Nacional de Segurança e da Polícia Rodoviária Federal para ajudar a conter a onda de violência no Amazonas.
A PRF enviou tropas para os municípios do Careiro da Várzea e Careiro Castanho.
Manaus recebeu um total de 144 policiais da Força Nacional de Segurança, que chegaram a partir do dia 8 de janeiro, para ajudar a polícia do Amazonas contra os ataques.
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