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Casas e terrenos abandonados são alvos preferenciais de estelionatários, alerta Polícia Civil

Por Portal Do Holanda

16/08/2019 11h53 — em
Amazonas


Divulgação Polícia Civil

 

Manaus/AM - Casas e terrenos aparentemente abandonados pelos donos são os preferidos de estelionatários que aplicam o golpe da casa própria. É o alerta da Polícia Civil do Amazonas. Quem está buscando comprar um imóvel deve redobrar as atenções para não perder dinheiro, pois os golpes de venda de terrenos e casas fantasmas estão mais vivos do que nunca.

Para se proteger desses estelionatários, o cidadão precisa checar todas as documentações fornecidas pelo vendedor. “Se a proposta é irrecusável, desconfie”, diz o delegado Antônio Rondon. Geralmente, um mesmo golpe, com um mesmo imóvel, é aplicado em diversas vítimas.

Para escolher os locais desses golpes, o estelionatário observa por algum tempo casas, apartamentos ou terrenos, geralmente negligenciados pelos reais proprietários. Em seguida, eles arrombam o local, trocam a fechadura e começam a anunciar a venda do imóvel. Segundo o delegado, a área do Tarumã já foi um dos pontos de maior índice de golpes de vendas de casas e terrenos na capital amazonense.

Para firmar uma negociação de compra de imóveis, os interessados precisam investigar a origem do bem e a veracidade dos documentos apresentados. De acordo com o titular da 5ª Seccional Centro-Oeste, delegado Rafael Allemand, as ofertas pela internet também exigem atenção do comprador.

“Se for comprar terrenos ou imóveis pela internet, marque no local e vá sempre acompanhado de um advogado, de um especialista em Direito Imobiliário, ou então de uma corretagem de imóveis, para não ser vítima de uma organização criminosa, tendo em vista que eles utilizam documentação falsa pessoal e do imóvel também. Para você não ser vítima e não ter seu dinheiro jogado fora, procure um especialista. Mas, se for vítima, procure a Delegacia”, disse.

Para adquirir ou dar um valor em dinheiro como entrada em uma residência, orienta o delegado, é preciso sempre checar a escritura da casa em cartório, se o imóvel está arrolado em algum processo na Justiça e se pode ser vendida.

“Quando envolve imóvel, inevitavelmente, é preciso ir ao cartório verificar a inscrição, se ele está alienado, ou amarrado em algum financiamento, ou até mesmo se tem autorização para ser vendido. O mesmo procedimento preventivo vale para compra de um terreno”, orientou.

De acordo com a Polícia Civil, todas as falsas vendas têm um valor bem abaixo do mercado, e os estelionatários se aplicam no plano malévolo. Investem no visual e na lábia para tentar dar maior veracidade a história. As vítimas de estelionato também seguem um padrão: são pessoas que querem obter vantagem de uma forma que se acredita ser lícita e, na pressa, acabam se descuidando de protocolos básicos de segurança.

“Procure saber primeiro o histórico da pessoa que está agindo como vendedora, se é de fato o proprietário ou intermediador. Faça sempre questão de negociar com o proprietário. Só faça um pagamento de entrada tendo alguma garantia, como a chave da casa ou algum documento de venda do imóvel”, ressaltou Rondon.

Seguindo à risca todo o roteiro de golpes descritos acima, a estelionatária Késia Macedo da Silva, apontada pela polícia como uma golpista em série, conseguiu enganar mais de 60 pessoas na venda de um único apartamento, e chegou a faturar R$ 300 mil.

A mulher anunciava um imóvel abandonado como se fosse seu, e as vítimas chegaram a arrombar o local, após o sumiço de Késia. De cada pessoa, ela pedia uma entrada que variava de R$ 1 a 5 mil. Ao receber a quantia, ela desaparecia e mudava o número de celular.

De acordo com o Código Penal brasileiro, o crime de estelionato tem pena de um a cinco anos de reclusão, além de multa. Porém, na maioria dos casos, é difícil a vítima ter de volta o valor perdido.

O cidadão que suspeitar desse tipo de crime deve procurar imediatamente a delegacia mais próxima para denunciar o caso e colaborar com a polícia. Denúncias sobre novos esquemas e casos já elucidados podem ser feitas ao 181, o disque-denúncia da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM).


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O Portal do Holanda foi fundado em 14 de novembro de 2005. Primeiramente com uma coluna, que levou o nome de seu fundador, o jornalista Raimundo de Holanda. Depois passou para Blog do Holanda e por último Portal do Holanda. Foi um dos primeiros sítios de internet no Estado do Amazonas. É auditado pelo IVC e ComScore.

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