Unidade móvel vai atender mulheres vítimas de violência em Manaus
Manaus/AM - Pelo menos 10 mil mulheres, vítimas de violência doméstica ou outras situações de vulnerabilidade, terão amparo com a primeira Unidade Móvel de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres, entregue nesta segunda-feira, 19/10, pelo prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, e pela presidente do Fundo Manaus Solidária, primeira-dama Elisabeth Valeiko Ribeiro, como parte das ações pelos 351 anos da cidade.
Segundo o prefeito, mulheres em risco que recorrem à proteção do poder público, agora terão esse socorro itinerante, que pode chegar a qualquer distância, nas áreas urbana e rural, sendo capaz de dar ouvidos às dores, amparo contra ameaças e encaminhamento às ferramentas, que garantam a liberdade econômica e social. O serviço inicia o atendimento na próxima semana no ramal do Brasileirinho, após concluída a capacitação de servidores da subsecretaria de Políticas Afirmativas para as Mulheres, vinculada à Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc).
“Esse ônibus é de enorme utilidade, porque levará todo tipo de serviço disponível para as mulheres em situação de vulnerabilidade. Agora temos uma unidade móvel, que visa levar os direitos da mulher para a mulher. Tem advogado, psicólogo, tudo o que está ao nosso alcance para fazer o melhor atendimento e a melhor proteção às mulheres de nossa terra”, disse o prefeito. “É uma iniciativa de tornar mais ágil o trabalho, ao invés de esperar que a mulher violada, ultrajada nos procure, nós vamos a elas, levando os serviços de proteção, inclusive na zona rural”, afirmou Arthur Neto.
A primeira-dama Elisabeth Valeiko, madrinha das ações do “Outubro Rosa” em Manaus, questionou os números divulgados de aumento da violência contra a mulher durante a pandemia de covid-19. “Será que aumentou ou as mulheres agora têm mais coragem de procurar ajuda e denunciar? Não quero polemizar, mas acho que elas agora encontram apoio e têm mais coragem. Não podemos admitir os casos de violência contra a mulher. Ninguém tem o direito de agredir ninguém e ninguém tem o direito de agredir uma mulher, não podemos permitir isso”, reagiu, emocionada.
A unidade móvel, gerida pela Semasc, irá ampliar a Rede de Atendimento à Mulher em situação de violência doméstica e possibilitará o atendimento dos casos de violência e a divulgação de informações em prol da disseminação da Lei Maria da Penha e outros direitos constitucionais, em parceria com instituições e movimentos ligados às políticas de trabalho, educação, saúde, moradia, meio ambiente, justiça e outros.
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