Manaus/AM - Um bebê morreu dentro da barriga da mãe neste domingo (13), na Maternidade Ana Braga, localizada na Zona Leste. Emerson Almeida de Oliveira, o pai da criança, conta que a esposa chegou à unidade por volta das 23h do sábado (12), sentindo fortes contrações, ela já estava com 41 semanas de gestação.

O médico a examinou, mas como ainda não tinha a dilatação necessária os médicos optaram por aguardar para realizar o parto normal. Passada algumas horas, o profissional informou que Sabrina não tinha a passagem necessária e afirmou que ela seria submetida a uma cesariana.

Ela foi internada e aguardou por horas, mas a cirurgia não foi marcada. Por volta das 18h do domingo (13), Sabrine sentiu uma forte dor e percebeu que algo estava errado, a acompanhante dela acionou os médicos e após realizar uma ultrassonografia foi constatado que o coração da criança havia parado de bater.

A mãe ficou desesperada com a notícia, todo o pré-natal havia sido feito corretamente e assim que começou a sentir as contrações procurou imediatamente a maternidade. Emerson conta que procurou a equipe médica para entender o que houve, mas não recebeu nenhum retorno.

Mesmo após a morte da filha, a mulher ainda permaneceu com ela na barriga até às 4h, quando foi operada para a retirada dela. Na declaração de óbito o médico declarou que a bebê morreu por insuficiência placentária, pós-datismo, anoxia intra-útero e covid-19. O pai contou que a mãe tinha contraído a doença em outubro e fez todo o tratamento na época:

“Ela pegou covid em outubro, mas foi medicada e fez todo o tratamento, ela inclusive ficou internada aqui e quando começou sentir as dores quis vir pra cá, porque tinha sido bem tratada, mas se eu soubesse que eles iriam deixada minha filha morrer, nunca teria trazido ela pra cá”, afirmou Emerson.

A equipe do Portal do Holanda conversou com uma médica e mostrou a ela a certidão de óbito. Em análise ela explicou que a criança passou da hora de nascer e o sofrimento fetal acabou causando a morte.

Entramos em contato com a assessoria da Secretaria de Saúde do Estado e informamos sobre a situação. O órgão afirmou que está apurando o caso e que em breve vai se posicionar à respeito.

Para Emerson e a família ficou a dor e o vazio da filha que nunca voltará para casa: “Vou enterrar ela hoje e voltar para casa para desfazer todo o quarto que estava prontinho, todo rosinha. Vou tirar tudo, pintar as paredes antes da Sabrina voltar, depois vai decidir pra quem doar as coisas. Eu vi minha filha, era toda perfeitinha, linda demais, mas não vai vir para casa”, lamenta o pai.

A bebê era a primeira filha do casal. Sabrina tem outras duas filhas do relacionamento anterior.