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Precursora no vôlei, torcida uniformizada do Osasco nasceu graças à Gaviões

Por Folha de São Paulo

01/05/2025 12h30 — em
Esportes



SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) - "Já viramos jogos que estavam perdidos, porque a torcida estava lá incendiando". Esse é o relato da líbero Camila Brait sobre a Loucos de Osasco, a uniformizada que acompanha todos os jogos da equipe de vôlei há 27 anos.

O grande responsável pela 'loucura' contagiante é Inajara do Prado Martinho. Ele é um dos fundadores da Gaviões da Fiel e decidiu levar a energia dos estádios de futebol às quadras de vôlei após ser recrutado pelo secretário de esportes da cidade na época.

Hoje com 74 anos, Inajara formou gerações de fãs apaixonados pelo Osasco e estará nesta quinta-feira na caravana que levará os torcedores do ginásio José Liberatti à final da Superliga contra o Sesi Bauru no Ibirapuera. Um dos integrantes, inclusive, é o neto Felipe, que acompanha o avô desde os oito anos e, hoje com 21, se tornou um dos coordenadores da organizada.

"A gente ia tanto nos jogos de vôlei que um repórter da Difusora Oeste - responsável por irradiar as partidas - começou a nos chamar de loucos. Estávamos em todas, com chuva, sol, calor, frio? Sempre apoiando. E foi assim que nasceu o nosso nome, Loucos de Osasco", contou Inajara ao UOL.

Como Brait já disse, a Loucos é capaz até de virar placares. Apaixonados, os torcedores do Osasco fazem gritos personalizados, carregam instrumentos musicais e, inclusive, foram os primeiros a levar bandeirões para as arquibancadas. Essas características já nasceram com a torcida que tem um pouco do futebol na origem.

"Na época que criei a Loucos, eu trouxe a experiência da arquibancada do estádio de futebol para a gente tentar fazer uma torcida diferente. Se analisarmos os jogos do Osasco, hoje nós somos a primeira torcida que conseguiu colocar bateria dentro de ginásios", destacou Inajara.

FAMÍLIA 'AGRESSIVA'

O fundador define a Loucos como uma torcida agressiva, mas com um coração que vale ouro, como uma família que se reúne sempre para um churrasco antes de partir para a arquibancada. E Inajara não está falando de violência, e sim sobre o jeito especial de desestabilizar os adversários.

"Quem não conhece, nós somos uma torcida agressiva dentro da arquibancada. Agressiva, que eu digo, é uma torcida chata, que perturba o adversário. É aquela coisa, sabe?", disse.

Segundo Luizomar de Moura, técnico do Osasco/São Cristovão Saúde, os torcedores da equipe se tornaram referência no vôlei.

"Hoje, o Osasco dita uma moda em relação à torcida. Uma torcida que não recebe camiseta, que não recebe bateca, que não recebe nenhum tipo de vestimenta. Mas, como eu falo, o jogo de Osasco para a cidade, para a região, é o nosso Cirque du Soleil. O osasquense, quando entra ali, ele fala, poxa, aqui é meu time, e aqui eu sou gigante", comentou.

FESTA NO IBIRAPUERA

Para agitar ainda mais a torcida do Osasco, a equipe está organizando um espaço especial aos fãs localizado próximo ao ginásio do Ibirapuera. A partir das 11h, os fãs osasquenses poderão se reunir numa espécie de 'esquenta' com direito a brindes, ex-atletas, DJ, animador de torcida e Ozy, a mascote do time.

Aqueles que não conseguirem ir ao Ibirapuera poderão acompanhar a final pelo telão instalado no ginásio José Liberatti. Os portões abrem às 14h15 e a entrada é gratuita.


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