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Flamengo abre nova conversa com única família de vítima do Ninho sem acordo

Por Folha de São Paulo

29/01/2025 11h00 — em
Esportes


Escombros do Ninho do Urubu após incêndio que matou dez jovens da base. Foto: Divulgação/ José Augusto Bezerra

RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) - O Flamengo procurou a família do goleiro Cristian Esmério, uma das vítimas do incêndio no Ninho do Urubu, para uma nova proposta de acordo. A família ainda não chegou a um denominador comum com o clube e há um processo em curso na Justiça do Rio de Janeiro. O episódio aconteceu em 8 de fevereiro de 2019 e matou dez jovens das categorias de base.

O QUE ACONTECEU

O Rubro-Negro fez contato com a família do goleiro nos últimos dias. O novo cenário acontece após a gestão de Luiz Eduardo Baptista, o Bap, tomar posse. Até então, na ação, o clube era representado por membros da gestão de Rodolfo Landim.

O julgamento dos recursos de ambas as partes aconteceria nesta terça-feira (28). Ele, porém, foi retirado de pauta após a procura do clube.

Em fevereiro do ano passado, o Flamengo foi condenado a pagar cerca de R$ 3 milhões aos pais do jogador e ao irmão dele -a decisão do André Aiex Baptista Martins apontava que cada um dos pais de Christian teria direito a R$ 1,412 milhão de indenização, além de uma pensão de R$ 7 mil por mês. Já Cristiano Júnior, irmão do goleiro, tem direito a R$ 120 mil.

Tanto o clube quanto a família de Christian recorreram da decisão à época. Um dos pontos de incômodo dos familiares é com o fato de entrarem para a folha mensal de pagamento do clube. "Ficar vinculado ao clube embargado, por mais de 25 anos, é o mesmo que reviver, mensalmente, o trágico incêndio". O clube, por sua vez, contestou valor da pensão.

E AS OUTRAS FAMÍLIAS?

Os acordos aconteceram entre o período pouco após o incêndio e dezembro de 2021. O último trato foi com Rosana de Souza, mãe de Rykelmo. O pai do jogador fez negociação separada e foi um dos primeiros a fechar com o clube. Por isso há um total de 10 acordos fechados diretamente entre clube e familiares.

Os valores dos acordos foram mantidos em sigilo. As cifras que envolveram os documentos não foram divulgadas por clube ou familiares, mas os valores variam de família para família.


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