Compartilhe este texto

Maia diz que não pode prometer votar a reforma da Previdência até dezembro

Por Agência O Globo

09/11/2017 13h11 — em
Economia



BRASÍLIA - O presidente da Câmara, deputado (DEM-RJ), disse nesta quinta-feira que não pode se comprometer em votar a até 15 de, antes do recesso. Maia disse que "não adianta" fixar uma data sem antes articular a base aliada do governo Temer. Ele considerou positivo o encontro da manhã entre o presidente Michel Temer e os líderes da base aliada. O café da manhã foi promovido pelo próprio Maia. Ele voltou a dizer que hoje o ambiente é "difícil" para se votar uma reforma devido à resistência dos parlamentares ao tema.

— Não tenho como dizer se a Câmara terá condições de votar até 15 de dezembro, minha vontade e trabalho é que se vote os dois turnos, mas não vou prometer aquilo que não posso entregar. E não vou pautar a reforma da Previdência de qualquer forma, porque uma derrota vai ser uma sinalização muito ruim. Todos os partidos estão dando trabalho, nenhum partido pode dizer aqui que está votando majoritariamente na Previdência. Nenhum partido hoje tem maioria para votar.

Ele defende uma reorganização da base política primeiro.

— A base saiu de cinco meses de duas denúncias, temas que geraram desgaste. O que vai se propor vai ajudar muito, mas ainda não há na articulação política uma solução para a votação aqui, na Câmara. Os líderes ainda estão com muita dificuldade de convencer seus deputados — disse Maia, acrescentando:

— Depois do feriado talvez o ambiente seja melhor.

Maia disse que Temer deverá chamar os presidentes de partido e líderes para discutir o tema.

Para Maia, os líderes dos partidos precisam estar "motivados" para defender e querer a reforma da Previdência e a base tem que estar "azeitada".

— Todos os líderes entendem a importância da reforma da Previdência, mas o mais importante foi reunir a base novamente com o presidente Michel para, reorganizando a base, avançando neste diálogo entre os partidos, a gente possa ter uma avanço nesta agenda. É importante que essa relação do Executivo com o Legislativo continue avançando para que a gente construa as condições para depois a gente marcar uma data — disse Maia.

Maia disse ainda que a base aliada tem "outras agendas", sem querer citar quais. Mas os partidos pressionam pela realização de uma reforma ministerial:

— A base tem outras agendas importantes que a gente vai precisar votar também. Não tem exigência de A, B ou C. Tem uma necessidade de uma proximidade maior dos temas que o governo está encaminhando à Câmara com os parlamentares. Precisar entender a realidade pós-denúncia de cada um dos deputados para você poder fazer o convencimento. Não é uma matéria simples: nunca foi e nem nunca será.

Ele disse que o Brasil já está "inviável" e que a primeira reforma do Estado é a da Previdência, que prejudica os mais pobres. Ele disse que a média do gasto per capita no serviço público está em R$ 70 mil, contra R$ 6 mil no INSS.

— Quem acompanha contas públicas já sabe que o Brasil já está inviável. Os gastos da Previdência crescem todo ano de R$ 60 mil a R$ 70 mil. Sou o número um mesmo, o primeiro defensor que se a acabe com os privilégios. O Brasil está envelhecendo e vai ficar mais velho que a Europa — disse Maia.


Siga-nos no
O Portal do Holanda foi fundado em 14 de novembro de 2005. Primeiramente com uma coluna, que levou o nome de seu fundador, o jornalista Raimundo de Holanda. Depois passou para Blog do Holanda e por último Portal do Holanda. Foi um dos primeiros sítios de internet no Estado do Amazonas. É auditado pelo IVC e ComScore.

ASSUNTOS: Economia

+ Economia