RIO - Um ano e meio após fechar seu escritório no Rio, a DPZ&T - adquirida pelo francês Publicis Groupe em 2011 - está de volta à cidade. O impulso veio com a conquista da conta da Petrobras, dividida com a Propeg, mas também na trilha da retomada do mercado carioca, diz Eduardo Simon, presidente da agência:

- Deixamos o Rio depois da fusão da DPZ com a Taterka. O escritório carioca era deficitário e era preciso consolidar a operação, por isso focamos em São Paulo. Agora, voltamos numa situação diferente, com a Petrobras e para acompanhar a retomada do mercado do Rio.

DPZ&T e Propeg venceram a licitação pela conta de publicidade da Petrobras. A verba total é de R$ 550 milhões para um contrato de 30 meses.

O novo escritório, em Botafogo, terá uma equipe de 40 profissionais. A estrutura ajuda a atender à petroleira, mas também permitirá atrair outros anunciantes, conta Simon.

- É o início de um novo momento para publicidade. Temos contas nacionais de clientes como McDonald's e Vivo, por exemplo, para quem o Rio é um mercado importante. E há outros locais que, com equipe e formatos adequados, podemos conquistar - diz ele.

Simon chama a atenção para o fato de que, desta vez, a DPZ&T tem a oportunidade de reinventar a agência, trazendo uma proposta de valor adequada à realidade econômica atual:

- O modelo, hoje, é o de comunicação integrada, com foco no consumidor, com base em estratégia e tecnologia.

Dudu Lopes, presidente da Associação Brasileira de Propaganda (ABP) e sócio da Silence, comemora a volta da DPZ&T ao Rio:

- Nos dois últimos anos, ao menos seis grandes agências do país fecharam suas bases no Rio em consequência da crise. Com a DPZ&T, são empregos e anunciantes voltando. A cidade é berço de profissionais criativos de destaque na área. A maneira de fazer propaganda mudou, se adequou a um novo mercado.