Um bate cabeça atrasado para uma crise de saúde previsível em Manaus
Encerrou-se uma semana de ‘bate cabeça’ entre governantes, gestores públicos, profissionais de saúde e parentes de infectados. Criou-se um pandemônio para uma crise previamente anunciada, e para a qual a solução é, aparentemente, simples. Trazer oxigênio de outros estados, como está sendo feito.
Dinheiro tem para a aquisição; meios também existem. Faltou comando federal e estadual. O ministro da Saúde e o governador do Amazonas apostaram no pior. Esperar para agir sob pressão de mortes.
O caos em pauta
Diante da crise alarmante que se instalou na saúde do Amazonas, o Legislativo resolveu agir dentro das regras políticas para debater a situação. Para isso, o presidente Josué Neto irá convocar uma reunião plenária extraordinária para a próxima terça-feira.
Seguindo as regras de isolamento, será feita no plenário virtual. E mesmo que não conste na pauta, o impedimento do governador Wilson Lima vai estar na discussão, sob pressão da bancada de oposição.
Um passo a frente
Alguns prefeitos do interior estão mostrando a Wilson Lima e que não é preciso esperar pela decisão de outro quando se tem recursos e clareza de decisão. Coari e Autazes saíram na frente providenciando o oxigênio para enfrentar a crise.
Mortes x Eleições
Mais de mil pessoas estão morrendo todos os dias vitimadas pela Covid-19, mas os apoiadores de Bolsonaro estão preocupados com sua reeleição em 2022. Para isso se mobilizam para garantir Câmara e Senado nas mãos do capitão. Caravanas de 25 cidades devem ir a Brasília para a eleição no Congresso.
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