Não há vacina para o Brasil
Com reservas de sepulturas para apenas mais 3 meses, a prefeitura de Manaus decidiu entrar no combate ao coronavírus, mobilizando recursos da saúde básica como as UBS Móveis. Em Brasília o governo federal não sabe como ‘escapar da teia’ que teceu para retardar a vacinação.
Sob pressão dos governadores, o general Pazuello não sabe o que dizer do plano nacional de vacinação. O atarantado militar só sabe que, até o momento, não há vacina registrada e liberada pela Anvisa.
Amazonas sem recursos
Sem um planejamento definido, o governador Wilson Lima ‘atira pra todo lado’ tentando matar o vírus. Mas esbarra na falta de credibilidade do governo para obter recursos humanos. Hoje vai abrir licitação para contratar leitos de UTI pagando diária de R$ 2,6 mil e leito clínico no valor de R$ 1.020,46.
Em meio à confusão que a 2ª onda da Covid-19 causa no Amazonas, a aquisição de vacinas fica cada vez mais para o fim da linha, talvez quando a luz já tenha desaparecido no fim do túnel.
A vacina indiana
A importação de 2 milhões de vacinas da AstraZeneca, produzidas pela Índia, anunciada ontem pelo MS, é uma gota homeopática diante das 322 milhões de doses que o Brasil precisa. Isso só para vacinar as 161 milhões de pessoas acima de 18 anos. Pelo jeito, vai ficar mesmo no ‘salve-se quem puder’.
Desaprovação ao presidente
Finalmente os sinais de insatisfação começam a aparecer. O grupo de ‘desaprovadores’ que brindou ontem o presidente Bolsonaro com uma marcha fúnebre e gritos de revolta, na saída de uma reunião com o ministro da Saúde, é sintoma de que os memes podem sair das redes sociais para as ruas.
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