Mesmo que estudos e pesquisas quanto ao uso da cannabis medicinal estejam avançando, os tabus não desmistificados têm prejudicado a compreensão dos benefícios da planta e seus extratos como aliados para o tratamento e alívio de sintomas de diferentes condições e doenças.

De acordo com o Dr. Wilson Tadeu, diretor clínico do IMCA e professor do curso da Associação Médica Brasileira de Acupuntura, após estudar pacientes de acupuntura com doenças crônicas e se especializar na implementação do uso do cannabidiol na terapia de alguns, foram identificadas melhoras significativas em casos de dores também crônicas, transtornos da emoção como ansiedade, pacientes autistas, com Alzheimer, entre outros.

Ele explica que, as pessoas generalizam o uso da planta apenas como um narcótico. Mas, para a utilização medicinal, há preparos diferenciados. A cannabis medicinal não possui a substância tetrahidrocanabinol (THC), responsável pelos efeitos psicotrópicos. Por isso, o seu uso é legal, mesmo que de forma restrita e controlada em muitos países, como no Brasil.

Para o médico, o consumo do cannabidiol, de forma medicinal, auxiliaria na triste realidade imposta pela pandemia que fez com que casos de transtornos emocionais se agravassem em todos os países. Só em 2020, foram 53 milhões de novos registros de depressão e 76 milhões de ansiedade, como revela o estudo científico The Lancet. Dr. Wilson afirma que o potencial ansiolítico dos extratos da planta pode ser mais eficaz e com poucos efeitos colaterais, em comparação com medicamentos tradicionais, dependendo da análise clínica do paciente.