A COP30 começa hoje em Belém, no Pará, e transforma a capital amazônica no centro das atenções globais sobre mudanças climáticas. O evento inicia às 10h (no horário de Brasília), pela primeira vez, uma COP acontece na Amazônia, colocando a maior floresta tropical do planeta no centro das decisões. A região, que abriga uma biodiversidade única e desempenha papel crucial na regulação do clima global, será palco de debates sobre conservação, bioeconomia e o papel dos povos indígenas na proteção ambiental.

O evento reúne cerca de 50 mil participantes, incluindo líderes mundiais, cientistas, ativistas, empresários e representantes de povos indígenas, todos engajados na busca por soluções concretas para enfrentar a crise climática. A conferência marca os dez anos do Acordo de Paris e exige dos países signatários a apresentação de novas metas climáticas para 2035.

A expectativa é de que os compromissos sejam mais ambiciosos, diante do agravamento dos eventos extremos e da crescente pressão por justiça climática. Os debates da COP30 estão organizados em seis eixos temáticos: energia e transporte, florestas e biodiversidade, agricultura e alimentação, cidades e infraestrutura, desenvolvimento humano e temas transversais como inovação e financiamento climático.

Apesar da importância do evento, a COP30 começa sob tensões geopolíticas e com a ausência oficial dos Estados Unidos, o que pode dificultar avanços em acordos multilaterais. Ainda assim, há otimismo quanto ao protagonismo do Brasil na pauta ambiental e à oportunidade de colocar a Amazônia como símbolo de esperança e resistência.

Belém oferece aos participantes uma experiência direta dos desafios e das riquezas da região, reforçando a urgência de proteger os ecossistemas tropicais e de promover um modelo de desenvolvimento sustentável.