A Polícia Federal cumpriu, nesta sexta-feira (13), mandados judiciais contra o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Inicialmente, investigadores chegaram a confirmar a prisão de Cid, mas minutos depois a informação foi corrigida, informando que o mandado de prisão havia sido revogado. A operação investiga uma suposta tentativa de Cid de obter cidadania portuguesa para fugir do Brasil.

Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), há indícios de que o ex-ministro do Turismo Gilson Machado, também alvo da operação e preso no início do dia, teria atuado junto ao Consulado de Portugal em Recife para tentar emitir um passaporte português para Mauro Cid. O objetivo seria facilitar a saída do ex-ajudante do território nacional.

Cid, Bolsonaro e outros 29 acusados são réus por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado após a derrota nas eleições de 2022. A PGR afirma que o grupo atuou para manter o ex-presidente no poder, mesmo após o resultado das urnas. A movimentação de Cid para obter dupla cidadania estaria relacionada a esse contexto.

De acordo com a PF, arquivos encontrados no celular de Cid mostram que ele tentou iniciar o processo de cidadania portuguesa já em janeiro de 2023. A operação desta sexta-feira faz parte das investigações que apuram possíveis articulações para evitar o cumprimento da lei e a responsabilização dos envolvidos nas ações golpistas.