'Baba Yaga': desertores russos viram alvo em rituais bárbaros
Novas denúncias revelam que soldados russos que desertam durante a guerra na Ucrânia estão sendo submetidos a torturas brutais pelos próprios companheiros. Vídeos vazados mostram casos de soldados amarrados a árvores para serem alvos de drones ucranianos ou arrastados por jipes. Especialistas apontam que a violência interna pode estar ligada ao enfraquecimento do Exército russo.
Desde o início do conflito, em fevereiro de 2022, cerca de 50 mil militares russos já abandonaram seus postos, segundo dados do Ministério da Defesa de Moscou. Em resposta, o Kremlin tem intensificado o recrutamento de novos soldados, com campanhas em estações de metrô, portas de casas, prisões e abrigos para moradores de rua.
Um vídeo analisado pela CNN mostra um soldado amarrado a uma árvore e abandonado em meio a um ataque de drones ucranianos, apelidados pelos russos de "Baba Yaga" — uma bruxa assassina do folclore eslavo. A violência é confirmada por organizações como a Get Lost, sediada em Barcelona, que ajuda russos a desertar. Segundo Grigory Sverdlin, fundador da organização, oficiais russos dão pouco valor à vida dos soldados, priorizando o equipamento militar.
Apesar da ameaça de até 15 anos de prisão, punições ainda mais cruéis são documentadas. Um vídeo mostra um soldado amarrado a uma árvore, com um balde na cabeça, sendo espancado. Em outro, um homem é arrastado por um jipe. A gravidade da situação interna contrasta com o alto número de baixas: um relatório de junho estima que quase 1 milhão de soldados russos foram mortos ou feridos desde o início da invasão. Somente em 2025, a Otan calcula que cerca de 100 mil militares russos morreram em confronto.
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