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Terror israelense


Por Raimundo de Holanda

25/11/2023 20h42 — em
Bastidores da Política


  • O que Israel mais fez nesses dois meses foi matar e mutilar milhares de civis palestinos, a maioria mulheres e crianças, fora a devastação de cidades inteiras

Ao aceitar um cessar fogo e negociar a troca de presos com o Hamas, Israel reconhece, indiretamente, que  a organização extremista representa um governo hostil em Gaza. Qualificar o Hamas como grupo terrorista - como tem feito parte da imprensa brasileira - é um erro grave, que impacta na qualidade do jornalismo. 

O início da guerra teve origem em um ataque a Israel e no sequestro de Israelenses, na maior humilhação da inteligência e das forças de segurança do País. Um ataque cruel e inconcebível, mas em 50  dias de revide Israel não conseguiu, mesmo com o seu alto poder militar e o apoio  dos Estados Unidos, destruir o Hamas. 

O que mais fez nesses dois meses foi matar  e mutilar milhares de civis palestinos, a maioria mulheres e crianças, fora a devastação de cidades inteiras provocadas pelas milhares de bombas jogadas sobre as cidades.  

A reação a esses ataques foi imediata. Se os governos europeus silenciam, se os Estados Unidos apoiam, as pessoas começam sair as ruas em protesto na França, Alemanha, Inglaterra e  nas Américas, a começar pelos Estados Unidos, país que só vê um lado do conflito, as razões  que supostamente justificam os ataques e até a  erradicação total do povo palestino.

Os protestos que se espalham pelo mundo não  são uma nova onda  de antissemitismo. É, isto sim,o reconhecimento de que Israel mantém cativo um povo e alimenta o desejo muito claro de uma limpeza étnica.

Os governos europeus e os EUA não podem alimentar o desejo genocida da extrema direita de Israel. O mundo verdadeiramente civilizado está de olhos abertos.

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ASSUNTOS: EUA, Gaza, Hamas, Israel, Palestinos

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.