Compartilhe este texto

Poder erótico e capital político


Por Raimundo de Holanda

11/04/2025 19h27 — em
Bastidores da Política



Há muito desejava falar de capital erótico na política, sua influência sobre as decisões de poder, mas me sentia inibido. 

Ontem, ao ler matéria que relatava a destinação de R$ 1,3 milhão em emenda pelo deputado federal Covatti Filho (PP-RS), à namorada Nicole Weber (Podemos), a inibição foi deixada de lado. 

Afinal, fazia sentido: a emenda tinha um bom propósito: reforma da rede elétrica do Hospital Santa Cruz, no município do mesmo nome, onde a namorada do parlamentar é vereadora. 

O problema é que Nicole disse que o dinheiro era um presente do namorado.

Nicole é, pelas fotos, uma bela mulher, que sabe usar sua sensualidade para conquistar a simpatia dos eleitores e colocar o deputado no cercadinho. 

Alguns diriam: "É o amor". Não é. Mas é um ativo imenso, que pode ser compartilhado por homens e mulheres na seara de poder.

Mulher bonita e inteligente é um  atributo importante na política. Quando deixada de lado gera apenas fofocas, ciumeiras e escândalos produzidos por adversários. Ignorar seu potencial é um jogo de soma zero quando deveria  ser um jogo de medida  de valor.

Poder erótico alimenta o poder político, especialmente quando se tem ao lado uma aliada com esse potencial. Mas os políticos locais - ou a maioria deles - prefere deixar a mulher como mera figurante, quando poderia estar pavimentando a estrada que conduz ao sucesso.

Siga-nos no

ASSUNTOS: capital politico, Erotismo, poder

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.