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Pesquisa 'faz de conta' do Ibope, mas com impacto no jogo eleitoral


Por Raimundo de Holanda

11/11/2020 21h28 — em
Bastidores da Política



A pesquisa Ibope, divulgada nesta quarta-feira  trouxe, como sempre,  o peso do  nome do instituto, mas  expôs a precariedade da amostragem.  Ao ouvir  500 eleitores em Manaus, o Ibope reduziu de forma drástica a abrangência da pesquisa. Para piorar, o meio utilizado, o telefone,  foi inadequado. Ficou a impressão, ruim, de que  ou  quis marcar posição frente uma competição de institutos  locais mais preparados e sem  vícios ou induzir o eleitorado a fazer  uma opção de voto ainda não consolidada. 

Veiculada em uma rede de tv, o impacto da amostragem pífia, por não ter sido presencial,  é maior, com potencial de mexer no quadro eleitoral. 

Pesquisa não é uma mera aposta. É um conjunto de testes de dados que produz ao final um retrato do sentimento do eleitorado, coisa que  o Ibope não fez. 

É lamentável que uma TV mediana, como a Amazonas, repetidora da Globo, dê espaço a esse tipo de “prognóstico”, feito de forma  desatenta e descompromissada,  com resultados pouco ou não confiáveis.

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.