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Os 24 deputados do Am colocados no mesmo cesto de maçãs podres


Por Raimundo de Holanda

25/08/2019 20h41 — em
Bastidores da Política



Seria leviano acusar os 24 deputados com assento na Assembleia Legislativa do Amazonas de participarem  de um esquema de corrupção com a empresa responsável pelo transporte escolar na zona Rural do Estado. Mas a denúncia de que ‘agentes políticos’ interferem em benefício próprio ou de empresas de amigos e ainda recebem mensalinho de até R$ 20 mil, sem que nomes tenham sido revelados, coloca todos, sem exceção, no mesmo cesto  de maçãs podres.

A denúncia foi feita ao Ministério Público de Contas pelo empresário  Francisco Dantas, mas o MPC parece não ter tido o necessário interesse que os nomes dos deputados ou agentes políticos que supostamente recebiam propinas, tivessem os nomes revelados. Uma falha que, se não compromete a representação  e sua validade futura no ambiento judicial, mancha a biografia de parlamentares honestos, que não fazem parte de esquemas e até os denunciam. Mas agora se vêem no centro de um furacão prestes a engoli-los.

A resposta óbvia...

A CPI da Seduc, até agora com apenas 4 assinaturas, terminará, segundo previsões, a quarta -feira com ao menos 16, número mais do que suficiente para instaurar a comissão parlamentar de inquérito. Afinal, quem não assinar poderá estar revelando o que o MPC preferiu ignorar.

CASTRO FICA -  O professor Vicente Nogueira terá que esperar mais um pouco, ou talvez muito, para ser nomeado secretário de Educação. O governador Wilson Lima já sinalizou que vai manter no cargo o atual secretário, Luiz Castro.

AVISEM O  BOLSONARO - O presidente Jair Bolsonaro precisa ser avisado por seus assessores que a única indicação que necessita do seu aval, mas sobre a qual ele não terá depois nenhum poder - nem o de demitir - é  o de procurador geral do Ministério Público. Se errar na dose pode acabar preso…

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.