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O lado complicado de ser pai. E a melhor coisa do mundo


Por Raimundo de Holanda

07/08/2021 21h08 — em
Bastidores da Política



É a melhor coisa do mundo ser pai, mas o dia chegou com muitas surpresas e  uma conta enorme para ser paga. Todos os presentes que vou ganhar, descubro com espanto, serão debitados  no meu cartão de crédito. E a conta do mês chegará  pesada.

Meio sem jeito, corro para a escrivaninha e pego papel e  lápis ( sou dos antigos que usam mal a calculadora do celular). Pronto. Conta feita. Setembro vai ser um mês apertado.

Até o bolo encomendado vou ter que pagar, a camisa que  os filhos encomendaram, as meias, os balões, os sapatos.

Não sei o porquê da invenção  de um dia para os pais.  Mas sei o quanto dói no bolso.

Ainda assim é a melhor coisa do mundo ser pai, ter filhos para ensinar a compreender o mundo e a mudá-lo. A ser o que não fomos, a construir o que não construimos, a ter o que não tivemos em meio a pobreza de uma infância difícil e uma adolescência reprimida pela violência do Estado.

Fazer a travessia deles para a independência pessoal e compreensão que dali poderão caminhar sozinhos é uma alegria inexplicável.

Hoje, como ontem, prefiro achar que este dia é dos filhos. E ainda que tenha que pagar pelos presentes que eles acham que me deram, quero agradecer a Estrela, Marcos e Samara . Feliz dia dos filhos.

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.