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O cara que estourou o cilindro de oxigênio em momento crítico para o Amazonas


Por Raimundo de Holanda

08/05/2021 20h53 — em
Bastidores da Política



O número de casos de Covid 19 no Amazonas ainda é alto. De segunda-feira até este sábado foram diagnosticados 3.354 novos infectados pelo vírus e as mortes somaram 78. Para quem olha o número de óbitos, a impressão é que o pior já passou. E não é isso. O número crescente de pessoas contaminadas é um sinal amarelo que as autoridades não estão levando a sério, mas deviam. Importa vidas.

O comportamento do governo do Amazonas neste momento é similar ao da primeira onda da Covid em Manaus. A aposta  na imunidade de rebanho e a abertura das atividades comerciais não só fizeram a doença avançar como provocaram o estrangulamento da rede pública de saúde, com pessoas morrendo,  inclusive por falta de oxigênio.

É acintoso ouvir do governador Wilson Lima que o Estado do Amazonas criou centenas de novos  leitos e aparelhou as Utis como prevenção a uma eventual terceira onda da Covid.

Para uma doença sobre a qual há pouco estudo e poucas conclusões, exceto que a única alternativa é a vacina - que o Amazonas não dispõe na quantidade necessária - hospitais apenas, não resolvem. Podem amenizar, mas comprovadamente a maioria das pessoas entubadas acabam morrendo.     

Tão grave quanto a Covid 19 é ter um governador que pensa pouco e que passará para a história como o cara que estourou  o cilindro de oxigênio em um momento critico para o Estado do Amazonas.

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.