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Esqueletos que assombram o governador do Amazonas, Wilson Lima


Por Raimundo de Holanda

07/05/2021 20h01 — em
Bastidores da Política



Com tantas mortes causadas pelo coronavírus no Estado do Amazonas - cerca de 13 mil - não é surpresa que esqueletos estejam prontos para sair do armário nas próximas horas, assombrando o governador Wilson Lima, já em pânico diante da possibilidade, real, de ser convocado a depor na CPI da Covid 19, do Senado.

São esqueletos que não mexem apenas com Lima, mas com a estrutura de poder que o mantém no cargo, apesar do pedido de prisão feito contra ele ainda julho do ano passado pela sub-procuradora da República, Lindôra Araújo.

Uma estrutura formada por pessoas que têm culpa ou passaram a ter,  no momento em que reforçaram a blindagem a um governador acusado de chefiar uma organização criminosa no Amazonas. Um governador que virou as costas para a sociedade, à medida que fez do vírus que matava milhares de pessoas um negócio lucrativo - para os amigos, que intermediavam operações suspeitas com respiradores - e para quem mais?

Os esqueletos que sairão do armário vão responder em um coro fúnebre, que vai expor culpas, apontar pecadores, pedir justiça para aplacar a dor, a fome, a orfandade dos que ficaram e choraram tantas perdas. 

Será o fim do mundo de fantasia e morte criado, em parte, pelo governador. Em  parte pelo grupo que o cerca. Em parte por tantos outros que pecam por omissão ou interesses nada republicanos.

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.