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Marco Archer era daqui


Por Raimundo de Holanda

18/01/2015 0h07 — em
Bastidores da Política



Um marco trágico para os amazonenses. O primeiro brasileiro condenado a pena de morte e fuzilado pelo governo da Indonésia Marco Archer Cardoso Moreira, é daqui. E pertencia a uma das mais tradicionais famílias dos meios de comunicação do Amazonas, os Archer Pinto. Esportista conceituado como instrutor de voo livre no Brasil, Marco encontrou a condenação e a morte num dos países mais rigorosos no combate às drogas. Em 2003 tentou entrar na Indonésia com 13,4 quilos de cocaína, foi apanhado pela polícia local, julgado e condenado.

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Os apelos da presidente Dilma foram ignorados. Não há  por que  condenar a Indonésia, que pelo menos tem uma lei que autoriza  esse tipo de execução. No Brasil a pena de morte  existe, praticada muitas vezes por agentes do estado. Como não é legalizada, atribui-se a maioria dos assassinatos a guerra entre traficantes...

ROUBA, MAS FAZ

A tese do “rouba, mas faz”, atribuída ao caudilho paulistano Adhemar de Barros, continua mais válida do que nunca. E não só no Brasil. Estudos na Europa mostram que o político que rouba, mas é competente e faz coisas importantes para a população, tem eleições garantidas. Os estudos indicam que os cidadãos que assimilam a ideia de competência ligada à corrupção reduzem, do ponto de vista psicológico, a tensão associada ao ato de votar em político corrupto. Nesse campo Paulo Maluf, que originou o verbo “malufar”, é líder, mas tem fortes concorrentes por aqui: Amazonino, Hélio Bessa, Adail etc.  

PASSA JANEIRO, PASSA...

Uma fonte do governo diz que “tá todo mundo ansioso pra ver janeiro terminar”, principalmente a presidente Dilma. E não é pra menos. Em tempo de recesso parlamentar todas as notícias ruins ficam por conta do governo. Nem o “meio” ajuste fiscal anunciado na semana passada acalmou os ânimos da crise. Todo mundo já sabe que o corte de R$ 22,7 bilhões é uma “ninharia” frente ao rombo do governo. As contas foram deixadas para o ano depois das eleições e o ex-secretário do Tesouro, Arno Augustin deixou uma “bomba-relógio maior do que se esperava”.

JOGOS OLIMPICOS EM MANAUS

O prefeito Artur Neto foi uma das figuras mais atuantes para salvar a Copa em Manaus de um desastre. E pretende repetir a dose em relação à inclusão de Manaus nas Olimpíadas de 2016. Ontem ele e o governador José Melo decidiram lutar oficializar a candidatura de Manaus como uma das cidades-sede para as disputas de futebol nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro de 2016. Ele foi cicerone dos representantes do Comitê Olímpico Internacional (COI) à Arena da Amazônia. Para reforçar o apoio à candidatura de Manaus, a conquista do selo de Cidade Olímpica será de fundamental importância. Agora Artur vai atrás desse selo com a garra de um filatelista.

SEM REAJUSTE

Durante o programa do senador licenciado e ministro das Minas e Energia, Eduardo Braga, do último sábado, foi dito   que os consumidores de baixa renda continuarão a receber subsídios no consumo de energia. Já o aumento das tarifas, no Amazonas e em Roraima, de acordo com o apresentador do programa, não ocorrerá porque não estão conectados ao SIN.

NOVO CARGO, NOVO NOME

O programa radiofônico “Bate-papo com o senador Eduardo Braga”, que acontece aos sábados pela manhã na rádio Cidade, mudou de nome. Agora é “Bate-Papo Cidade”.  

MULHER DE 40

A conselheira do Tribunal de Contas do Estado, Yara Amazônia dos Santos, é a mais nova neste cargo, mas  é a segunda mais antiga no serviço público entre conselheiros, procuradores e auditores do TCE elencados com base em dezembro de 2014: ela tem quase 40 anos no serviço público.

PRODUÇÃO EM ALTA

Em dezembro, quem teve a maior produtividade na movimentação de processos no TCE foi o conselheiro Ari Jorge Moutinho da Costa Jr que conseguiu despachar 409, mesmo tendo ficado fora do serviço até o dia 12 de dezembro. Em segundo lugar ficou o conselheiro Júlio Assis Corrêa Pinheiro, que se livrou de 258. Os dois despacharam 38% dos 1.747 movimentados no mês.

 

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.