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Manaus tem futuro?


Por Raimundo de Holanda

03/04/2024 21h25 — em
Bastidores da Política


  • Suspeite dos que falam muito em ética, em corrupção. Suspeite dos que só apontam defeitos. Esses não servem a ninguém. Conhecem o caminho das pedras onde está o butim ou o pote de ouro no final do arco-íres.

Manaus cresceu tanto nos últimos anos que parece ter atingido seu limite e morre silenciosamente. Morre no que tinha de bom - seus benjaminzeiros envelhecidos e mal cuidados, suas praças, sua história esquecida, seus  prédios em ruinas. Morre nos desabamentos a cada chuva. Morre com as famílias esquecidas pedindo esmolas nos cruzamentos  como zumbis em busca de pão.

Como salvar Manaus? Parece impossível.  A cada eleição a cidade busca um milagre, elegendo "41 sábios" com a missão de definir seu destino, de afastá-la do caos, de alimentar a crença no futuro, de organizar, de planejar, de editar uma legislação que discipline o trânsito, que estabeleça direitos e limites para construções, que garanta qualidade de vida, mas apenas  cuidam de seus próprios interesses, barram avanços, impedem a execução de projetos. 

Utilizam todo poder de veto para paralisar obras, impedindo que a cidade respire.

Vem aí uma nova eleição e o "colegiado de sábios" pode ser mudado.

Mais do que votar no prefeito da cidade, a importância da escolha dos "41 sábios" (os vereadores) é fundamental. Formam um super poder e suas garras podem ser direcionadas para dois lugares: para violar os cofres públicos ou para autorizar, aprovar, certificar que obras sejam feitas pelo executivo e que a cidade não apenas volte a respirar, mas a se desenvolver, a prosperar.

Suspeite dos que falam muito em ética, em corrupção. Suspeite dos que só apontam defeitos. Esses não servem a ninguém. Conhecem  o caminho das pedras onde está o butim ou  o pote de  ouro no final do arco-íres. 

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ASSUNTOS: cmm, eleição 2024, Manaus

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.