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Greve de ônibus em Manaus é aposta no quanto pior melhor


Por Raimundo de Holanda

18/01/2018 21h35 — em
Bastidores da Política



O anúncio da primeira greve do ano para terça-feira pelo sindicato dos rodoviários abre a temporada de paralisações em um setor vital da economia: o transporte de passageiros.  Sem o sistema funcionando  a cidade para, o comércio funciona de forma precária, compromissos são adiados.  Se de um lado é um movimento que contempla a liberdade de o trabalhador se manifestar, de outro agride a sociedade e priva os demais cidadãos do direito de se locomover.

Em 2017 o sistema parou cerca de 20 vezes. O argumento foi o mesmo de agora: o não cumprimento de compromissos trabalhistas pelas empresas. Mas também houve, como agora, uma forte contaminação do movimento. Contaminação política, que leva o sindicato da categoria a ir além do seu dever de reivindicar direitos. Serve a interesses escusos, de quem aposta no quanto pior para a cidade e seus governantes, melhor.  

NEPOTISMO E ÍNDIOS

Para os indígenas todos os membros de uma etnia são ‘parentes’ entre si, e esse é um dos fatores estruturais de sua organização social. Mas agora essa conceito está sendo contestado  pelo MPF por conta da  prática de nepotismo no Dsei do Alto Rio Negro.   

REAÇÃO DE ARTHUR

O prefeito Arthur Virgílio vem ‘trombando” a toda hora contra a disposição de seu adversário na corrida presidencial no PSDB, Geraldo Alckmin, de usar sua condição de presidente do partido para conduzir a seu modo as prévias para a escolha do candidato.

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Com o discurso afiado, Arthur ganha espaços na mídia nacional e nesta quinta  viajou para São Paulo para tratar pessoalmente com a cúpula tucana essa questão que o incomoda.

AÇÃO PREVENTIVA 

O TCE começa o ano com uma intensa “ação preventiva” de fiscalizações in loco nas obras de infraestrutura no Estado. Das grandes obras do governo na Região Metropolitana, às operações cotidianas de tapa-buracos, o controle externo do tribunal vai passar sob a lupa.  

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A presidente Yara Lins incentiva os cidadãos a fazerem denúncias sobre obras atuais por meio da Ouvidoria, embora no passado processos de obras irregulares tenham ficado engavetados.

BALIEIRO TRAVADO

Por iniciativa do conselheiro Érico Desterro, o TCE-AM vai rever o caso Francisco Balieiro cujo retorno ao cargo de juiz havia sido determinado pelo Ministério Público de Contas (MPC). Se voltar ao cargo, Balieiro pode virar desembargador pelo critério antiguidade.

MAIS FISCAIS 

Um dos participantes do Encontro de Gestores de Unidades de Conservação, realizada no Hotel Express, o deputado estadual Luiz Castro (REDE) defendeu a ampliação do número de fiscais da Secretaria de Estado de Meio Ambiente nas Unidades de Conservação existentes no Amazonas. Ele quer a Sema trabalhando integrada às ações do ICMBio e da Fundação Amazonas Sustentável.

SOJA VEM AÍ

Paranaense de nascimento, o senador Acir Marcos Gurgacz (PDT-RO) garante que o polêmico trecho de 400 quilômetros da Br-319, entre as cidades de Manaus e Porto Velho, será asfaltado com certeza este ano. A serviço do agronegócio, o senador pressiona o Governo Federal com a força dos empresários da área que querem expandir seus negócios com a soja no Sul do Amazonas e precisam da rodovia.

TRAGÉDIA AMBIENTAL

Ambientalistas como o cientista Philip Fearnside, do INPA,  advertem que a soja provocará uma tragédia ambiental na região Sul amazonense, estimulando o desmatamento e destruindo a biodiversidade com a conivência de fazendeiros que aumentarão o número de áreas desmatadas dentro de suas propriedades.

 COMANDO DE ROTTA

Em exercício como prefeito Marcos Rotta comandou ontem uma reunião técnica de trabalho com a SMTU, Sinetram e Arsam para uma definição do que a Seminf e a força-tarefa de reordenamento do Terminal 1 irão promover para melhorar a estrutura do local.

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O T1 se encontra em precárias condições estruturais e necessita de uma reforma geral para poder se ‘reintegrar’ ao sistema de transporte de passageiros de Manaus.

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ASSUNTOS: Manaus, rodoviários, sinetran

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.