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Governantes ruins não fazem mal apenas ao Estado e ao País. Também matam


Por Raimundo de Holanda

30/01/2021 20h11 — em
Bastidores da Política


  • Em entrevista a uma rede de TV em 20 de setembro do ano passado, o governador Wilson Lima disse que não acreditava em uma segunda onda de Covid 19, isso após desativar vários leitos para o tratamento da doença e concentrar atendimento apenas no Delfina Aziz. O que aconteceu depois em Manaus foi criminoso…

Não surpreendeu a declaração feita na  manhã deste sábado pelo presidente Bolsonaro,  de que  não tinha e não tem a responsabilidade de se antecipar a problemas. Ele fazia referência à crise de oxigênio em Manaus. Não somente tinha  e tem - e não apenas em relação  a Manaus - como devia, considerando que houve uma primeira onda da Covid 19  em fevereiro do ano passado e no Amazonas foi fatal - inclusive os enterros se deram em covas coletivas  em razão do número de mortos ser grande.

O próprio governo ajudou a disseminar a falsa idéia da imunidade de rebanho, após um arrefecimento da primeira onda. Tese derrubada pelo vírus, inclusive com novas cepas aparecendo no Estado do Amazonas e provocando mais mortes com a crise do oxigênio.

Falhou também o governo estadual. Em entrevista a uma rede de TV em 20 de setembro do ano passado, o governador Wilson Lima disse que não acreditava em segunda onda, isso após desativar vários leitos para Covid e concentrar atendimento apenas no Delfina  Aziz. Veja AQUI a entrevista do governador à rede de TV CNN.

O que aconteceu em Manaus  em seguida foi criminoso. Uma conta que será cobrada do governador Wilson Lima, por ter sido omisso, e  do presidente Bolsonaro, que estimulou as aglomerações  e o não uso de máscaras.

Já escreveram os nomes na história, carregados pelo peso de centenas de mortes ( no Amazonas)  e outras milhares Brasil afora.

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.