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Efeitos do confinamento: Estamos perdendo mais e mais os que amamos


Por Raimundo de Holanda

15/03/2021 19h29 — em
Bastidores da Política



O ano de 2021 está longe de acabar - faltam ainda 290 dias, a contar desta terça-feira. E será, seguramente, o mais longo e mais dramático de nossas vidas. Pelos desafios que já estão postos.

Primeiro, chegar a janeiro de 2022 inteiros, sem tombar pelo caminho, sem perder mais pais, mais filhos, mais amigos, mais irmãos, mais avós, que estão indo embora, não porque também estão morrendo, mas porque a convivência em família, isolados do mundo, tornou-se insuportável.

Segundo, buscar compreender por que, como Nação, nossa capacidade de reagir é tão pequena, tão amorfa, como se nossa rendição estivesse escrita em nosso olhar.

Num País onde pandemia e politica se entrelaçam, não pode haver esperança - dirão alguns, com razão.

Mas não chegamos ao fundo do poço. Ainda.

Se nosso organismo é capaz de detectar a invasão de um agente infeccioso e acionar suas defesas, nós, como cidadãos, ainda somos capazes de reagir contra a politica da morte, restaurar os valores perdidos e a saúde dos que amamos.

Talvez essa seja a única porta de saída do isolamento no qual nos encontramos.

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.