David e Nicolau: um caso de polícia, mas polícia tem lado e o MP silencia
- Malfeitorias não devem ser passaporte para candidato disputar o cargo de prefeito de Manaus. Ou tornar-se prefeito em eventual disputa do segundo turno. Se não é um caso para prisão, ao menos os dois candidatos - David Almeida e Ricardo Nicolau, que chutaram a lixeira em debate na TV, deveriam passar por uma acareação….
Quando ex-aliados que participaram do mesmo governo se acusam de terem se apropriado da coisa pública, assumem um crime. O que era boato de repente transforma-se em caso de polícia. Mas nada acontece: os órgãos de controle, especialmente o Ministério Público do Estado do Amazonas, silenciam. A delegacia de Combate a Corrupção, recentemente criada, ignora. Afinal, a ingerência politica na Deccor é total, fora que entre os que assumem ou revelam malfeitorias, de forma desprendida e acintosa, há um aliado, com chances de disputar o segundo turno da eleição em Manaus.
Malfeitorias não podem ser passaporte para um candidato disputar o cargo de prefeito. Ou tornar-se prefeito em eventual disputa no segundo turno.
Se não é um caso para prisão, ao menos os dois candidatos - David Almeida - acusado de superfaturar cirurgias e pagar muito mais caro por exames médicos - e Ricardo Nicolau, que teria pleiteado contratos não republicanos na saúde, ou corrido para o hospital de Campanha para fazer sua campanha política - segundo David - deveriam ao menos passar urgente por uma acareação. Os dois não podem estar mentindo.
Há muitas verdade no que disseram no Debate da TV Norte. O caso transcende a competência da Justiça Eleitoral. É caso de policia mesmo.
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.