Casos de Covid crescem em Manaus e o vírus pode estar no seu prato
A Covid 19 está voltando na esteira dos festivais e da liberação do uso de máscaras. Em 24 horas foram registrados no Amazonas 500 novos casos. É um avanço considerável – produto do descuido e da ideia equivocada de que esse nova variante não mata e que apareceu para, de forma natural, tornar as pessoas autoimunes. Apenas nas últimas 24 horas houve 9 internações, nenhum registro de morte, mas se continuar nesse ritmo a situação pode piorar, com necessidade de hospitalizações em massa. O risco de colapsar o sistema de saúde é grande.
Provavelmente não recuaremos a 2021, quando entre janeiro e 2 de março 4.420 pessoas morreram, na pior fase da pandemia no Estado. Mas o clima quente e úmido de Manaus, a falta de cuidados com a higiene das mãos e o hábito de falar muito ao celular, especialmente em torno das gôndolas nos restaurantes self-service, são fatores de disseminação do vírus, que vai parar no prato das pessoas.
A permanecer esse avanço contabilizado pela Fundação de Vigilância Sanitária (FVS), estará caracterizada uma nova onda, com consequências imprevisíveis
Quando se compara a nova variante Ômicrom com uma “gripezinha”, a maioria das pessoas esquece que ainda hoje a síndrome respiratória H1N1, a famosa gripe, ainda provoca mortes. Em 2019 foram mais de 60 óbitos somente no Amazonas. Então gripezinha mata, ainda mais se for uma infecção provocada por coronavirus.
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.