Bolsonaro esperava tudo, menos vaias e gritos de genocida contra o governador do Amazonas
O presidente Bolsonaro esperava tudo na sua visita ao Amazonas, menos a reação do público contra o governador Wilson Lima.
O presidente foi poupado pelos manifestantes, mas ouviu vaias e gritos de “genocida" destinados ao governador. Teve pressa em ir embora. Wilson é radioativo, mesmo para um presidente com popularidade se arrastando pelo chão.
Wilson Lima é vaiado em evento com Bolsonaro em Manaus pic.twitter.com/m3P61qELyf
— PORTAL DO HOLANDA VÍDEOS (@tvholanda) August 18, 2021
CARLOS ALMEIDA EM ALTA.
PLÍNIO VALÉRIO, EM BAIXA
Os partidos políticos no Brasil, de um modo geral, fazem questão de separar palavra de compromisso. A palavra pode ser quebrada, mas o compromisso, não. Este é construído a partir regras e alguma confiança. Se o compromisso é rompido por uma das partes, a confiança se esgota. Essa é a atual situação do senador Plinio Valério, dentro de um partido, o PSDB, que já não o vê como alternativa para um projeto de poder.
Primeiro, por suas ligações com o governo Wilson Lima. Segundo, porque decidiu abandonar o comando do Partido no Estado, no momento em que os tucanos buscavam fortalecer a presença no Amazonas com o ingresso do vice-governador Carlos Almeida, um quadro preparado, articulado e com chances de assumir o comando do Estado.
Carlos, que aparece na foto com o presidente do PSDB, Bruno Araújo, está ocupando o vácuo deixado por Plinio. Ele tem conversado com as principais figuras do partido - de Arthur Virgilio a Fernando Henrique Cardoso - e se fortalece para uma eventual disputa do governo em 2022.
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.