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Bolsonaro esperava tudo, menos vaias e gritos de genocida contra o governador do Amazonas


Por Raimundo de Holanda

18/08/2021 20h38 — em
Bastidores da Política



O presidente Bolsonaro  esperava tudo na sua visita ao Amazonas, menos a reação do público contra  o governador Wilson Lima.

O presidente foi poupado pelos manifestantes, mas ouviu vaias e gritos de “genocida" destinados ao governador. Teve pressa em ir embora. Wilson é radioativo, mesmo para um presidente com popularidade se arrastando pelo chão.

CARLOS ALMEIDA EM ALTA.

PLÍNIO VALÉRIO, EM BAIXA

Os partidos políticos no Brasil, de um modo geral, fazem questão de separar palavra de compromisso. A palavra pode ser quebrada, mas o compromisso, não. Este é construído a partir regras  e alguma confiança. Se o compromisso é rompido por uma das partes, a confiança se esgota. Essa é a atual situação do senador Plinio Valério, dentro de um partido, o PSDB, que já não o vê como alternativa para um projeto de poder.

Primeiro, por suas ligações com o governo Wilson Lima. Segundo, porque decidiu abandonar o comando do Partido no Estado, no momento em que os tucanos buscavam fortalecer a presença no Amazonas  com o ingresso do vice-governador Carlos Almeida, um quadro preparado, articulado e com chances de assumir o comando do Estado.

Carlos, que aparece na foto com o presidente do PSDB, Bruno Araújo, está ocupando o vácuo deixado por Plinio. Ele tem conversado com as principais figuras do partido - de Arthur Virgilio a Fernando Henrique Cardoso - e se fortalece para uma eventual disputa do governo em 2022.

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.