Amazonino Mendes avalia ingressar no PP. Irmãos Lins se dividem
Os Lins fizeram a aposta de sempre: "o lado que ganhar é o lado da gente". Amazonino os conhece e os suporta, agora mais que nunca…
Os tucanos já preparavam o ninho para receber o ex-governador do Amazonas e candidato ao governo, Amazonino Mendes, que se estabeleceria no galho oposto, também tucano, mas com plumas camufladas com as cores do Cidadania. O terremoto causado no início da tarde pelo recuo do governador de São Paulo, João Doria, que decidiu enfrentar os radicais do partido e renunciar para disputar a presidência da república, deixou Amazonino desconfiado. Um partido rachado, desunido, leva a lugar nenhum. A ficha do Cidadania foi deixada sobre a mesa, sem assinatura, mas não descartada.
Amazonino estuda agora proposta de ingressar no PP, no PV ou retornar ao Podemos, mas seu caminho deve ser o Partido Progressista, pela capilaridade nacional, pelo apoio via fundo eleitoral e a possibilidade de constituir Federação até maio, além da garantia de que o ex-governador define o vice de sua preferência.
Não é pouca coisa para quem as opções partidárias haviam sido drasticamente reduzidas.
Mas a vida de Amazonino nessa seara não está fácil. A primeira dissidência do PP ocorreu na tarde desta quinta-feira. O deputado Átila Lins, com oito mandatos de deputado Federal, deixou o PP para ingressar no PSD, do senador Omar Aziz. Na “fuga” de Átila uma mensagem: os Lins tinham outros planos: colocar o PP nos braços do governador Wilson Lima. Mas a decisão não passa por eles, e sim por Ciro Nogueira, presidente do partido .
Sobreviventes na política - os Lins sempre aderiram a qualquer governo e, quando necessário, se dividem para somar mais adiante. Assim, mantiveram a estratégia de deixar “Belarmino Lins, deputado estadual e irmão de Átila no PP. É a aposta de sempre: "o lado que ganhar é o lado da gente “.
Amazonino os conhece e os suporta, agora mais que nunca…
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.