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Federação tenta 'limpar' atletismo antes do Mundial

Por Portal Do Holanda

16/07/2013 8h30 — em
Esportes




afp.com / Thomas Lohnes

PARIS (AFP) - Os resultados positivos de Tyson Gay e Asafa Powell no antidoping, a três semanas do Mundial de Atletismo de Moscou (10-18 de agosto), mostram que a limpeza ainda não acabou no atletismo, um esporte que precisa reescrever sua história sem parar.

Com estrelas como Gay e Powell flagradas, o mundo do atletismo mais uma vez ficou em polvorosa e relembrou os outros casos que sacudiram o esporte.

Os patrocinadores não demoraram a agir. Enquanto a Puma, que não possui contrato oficial com os atletas envolvidos, afirmou ter "grande confiança" na política antidoping da federação jamaicana (JAAA), para a qual fornece o material esportivo, a Adidas preferiu encerrar o vínculo com Gay, mas lembrando, ao mesmo tempo, que o atleta é "inocente até que seja provado o contrário".

Há dois anos, antes do Mundial de 2011 em Daegu, na Coreia do Sul, o jamaicano Steve Mullings, na época no auge da carreira (9.80 nos 100 m), foi banido do esporte ao ser flagrado com uma substância proibida pela segunda vez (a primeira foi em 2004).

Em 2009, antes do Mundial de Berlim, onde Usain Bolt (9.58) e Tyson Gay (9.71) pulverizaram os cronômetros, outros quatro jamaicanos, incluindo Johan Blake, futuro campeão dos 100 m em 2011, foram pegos no antidoping por causa de um estimulante (Metilhexanamina).

Já no ano de 2003, em Paris, a agência antidoping americana (Usada) divulgou o caso Balco, que revelou diversos atletas americanos dopados, como os campeões Marion Jones e Tim Montgomery, dois grandes velocistas da época.

---Reescrevendo a história---

"A credibilidade de nosso programa antidoping e de nosso esporte fica mais forte, e não mais fraca, cada vez que somos capazes de expor um caso como este. Temos o apoio dos atletas, treinadores e autoridades que acreditam num esporte limpo", declarou a Federação Internacional de Atletismo (IAAF) nesta segunda-feira.


afp.com / Hkg

Os testes de Gay e Powell foram organizados pela Usada e pela agência antidoping jamaicana (JADCO), mas a Federação internacional também reforçou o próprio arsenal antidoping com novas análises de amostras antigas e a implementação do passaporte biológico em 2010, que submete os cerca de 2000 atletas de ponta a testes sanguíneos de rotina.

A Federação internacional, porém, encontra dificuldade em vigiar todos os atletas, por causa da grande disparidade geográfica no esporte.

Realizar testes confiáveis em alguns lugares do mundo ainda é uma missão difícil e custosa para este esporte universal, muito mais do que o ciclismo por exemplo, outro esporte que sofre com o uso de substâncias dopantes, mas em menor escala.

Os casos de doping no atletismo acabam reescrevendo a história do esporte, com diversos campeões perdendo suas medalhas olímpicas e recordes mundiais ao caírem em desgraça, como os lançadores de peso Nadzeya Ostapchuk, de Belarus, e Juri Belonog, da Ucrânia, em Londres-2012, e o corredor Rachid Ramzi, do Bahrein, que acreditava ter conquistado a primeira medalha de ouro do país nos Jogos de Pequim em 2008.

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O Portal do Holanda foi fundado em 14 de novembro de 2005. Primeiramente com uma coluna, que levou o nome de seu fundador, o jornalista Raimundo de Holanda. Depois passou para Blog do Holanda e por último Portal do Holanda. Foi um dos primeiros sítios de internet no Estado do Amazonas. É auditado pelo IVC e ComScore.

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