Pescadores de Fonte Boa faturaram R$ 423 mil nas feiras do pirarucu em 2021
Um faturamento bruto de R$ 423.900,14 para 217 famílias em 11 comunidades da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Mamirauá, localizada no município de Fonte Boa, foi o resultado de muito trabalho com a venda de pirarucu e tambaqui de manejo em Manaus, nas feiras, promovidas pela Fundação Amazônia Sustentável em 2021.
A iniciativa, realizada no âmbito do projeto Floresta em Pé, em parceria com a Associação dos Moradores e Usuários da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Mamirauá Antônio Martins (Amurman), está consolidada na capital amazonense, atraindo consumidores que desejam um peixe manejado e de qualidade.
Com autorização do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema/AM), as vendas têm o apoio da Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror), além de financiamento do Fundo Amazônia e Bradesco
O gerente do Programa Floresta em Pé da FAS, Edvaldo Correa, explica que a realização das feiras foi fundamental para a renda dos manejadores, especialmente após a flexibilização das restrições impostas pela pandemia de Covid-19.
No ano de 2020, os organizadores não conseguiram realizar as feiras por causa da pandemia e em 2021, com apenas três edições de cada, tivemos um grande sucesso com todo o peixe sendo vendido, com a renda 100% revertida para os pescadores.
O bom retorno financeiro, principalmente com o pirarucu, é garantido pois eles conseguem vender todas as partes do peixe, como filé, manta, ventrecha, carcaça e até a língua. “Ao trazer o peixe para Manaus, eles têm a oportunidade de diversificar a venda e conseguem aproveitar quase todo o pirarucu. Isso agrega valor ao produto, que vem de uma Unidade de Conservação (UC) e tem qualidade, e o pescador pode comercializá-lo direto ao consumidor final”, ressalta o gerente.
O presidente da Amurman, Raimundo Xexéu, relata que a parceria entre a associação e a FAS existe há 13 anos e traz grandes benefícios para os comunitários associados. “Em especial para a classe manejadora que trabalha com as espécies de pescado. Por meio dessa parceria, conseguimos barcos, lanchas e capacitações que facilitam muito no aprimoramento de técnicas e ajudam a escoar a produção”, diz.
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