Maternidades do Amazonas reorganizam atendimentos para evitar contaminação por Covid-19
Manaus/AM - A Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) emitiu Nota Técnica com orientações para o atendimento nas maternidades da capital. As recomendações gerais são para assistência das gestantes, puérperas e mulheres em situação de abortamento que estão com suspeita ou confirmação de Covid-19. As maternidades Ana Braga, Balbina Mestrinho e o Instituto da Mulher Dona Lindu passam a ser referência de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e Covid-19, recebendo as pacientes transferidas das demais maternidades da capital.
Todas as maternidades da rede estadual de Saúde permanecem com o atendimento e acolhimento inicial às pacientes. As unidades também contam com salas rosas e leitos clínicos (isolamento) exclusivos para o atendimento de pacientes suspeitas ou com Covid-19 confirmado.
Transferência entre unidades - As maternidades de risco habitual, que não são unidades de atendimento de alto risco, irão transferir as pacientes para as maternidades de referência para Covid-19 e SRAG.
A maternidade Ana Braga vai receber gestantes ou puérperas que estão com teste positivo para Covid-19 e com sintomas mais intensos, transferidas das maternidades Chapot Prevost e Nazira Daou. A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da maternidade será referência para o tratamento exclusivo de pacientes com diagnóstico confirmado de Covid-19 e risco de gravidade.
A maternidade Balbina Mestrinho terá leitos clínicos de referência para receber as pacientes com Covid-19, sintomáticas e com algum comprometimento obstétrico, oriundas da maternidade Alvorada. A UTI da unidade receberá as pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por outros vírus.
O Instituto da Mulher Dona Lindu terá leitos clínicos para gestantes ou puérperas positivas para Covid-19, assintomáticas, com algum comprometimento obstétrico, transferidas da maternidade Azilda Marreiro e da maternidade Moura Tapajós, gerenciada pela prefeitura de Manaus. A UTI da unidade será referência para receber as pacientes da obstetrícia em geral.
As curetagens em pacientes que não apresentam situações de risco e nem sintomas respiratórios ou diagnóstico positivo para Covid-19, serão encaminhadas para as maternidades de risco habitual em contra-referência à transferência de pacientes para as unidades designadas para atendimento de SRAG e Covid-19.
Altas médicas - A Nota Técnica orienta que a paciente que testar positivo durante a internação, durante a alta médica deverá ser avaliada clinicamente e orientada a permanecer em isolamento domiciliar com telemonitoramento feito pela Semsa-Manaus.
Vale ressaltar que a alta hospitalar da puérpera deverá ser programada a partir de 24h pós-parto normal e 36h pós-cesárea. Para os recém-nascidos, deverá ser programada a partir de 36h após o nascimento.
Suspensão dos atendimentos eletivos - Os serviços eletivos como as consultas do programa de planejamento reprodutivo e as cirurgias eletivas ginecológicas, de laqueadura e vasectomia, ficam suspensas por tempo indeterminado, até a mudança de cenário epidemiológico.
Visitas e acompanhamento - A SES-AM suspendeu as visitas nas unidades de saúde, incluindo as maternidades, durante o período da alça epidêmica.
As gestantes, puérperas e mulheres em situação de abortamento permanecem com o direito ao acompanhante garantido pela legislação, independentemente de ser caso suspeito ou confirmado para Covid-19.
As pacientes podem ser acompanhadas desde a admissão até a alta hospitalar, por uma pessoa maior de 18 anos, que não apresente sintomas gripais e tenha esquema vacinal completo e atualizado.
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