Acordo de paz entre Israel e Hamas prevê libertação de reféns e busca por desaparecidos
Israel e o grupo Hamas anunciaram nesta quinta-feira (9) a assinatura de um acordo de paz que estabelece um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza, encerrando quase dois anos de conflito armado. O pacto, mediado por Estados Unidos, Egito, Catar e Turquia, prevê a libertação de reféns vivos, a troca de prisioneiros e a entrada de ajuda humanitária no território palestino.
Segundo autoridades israelenses, o Hamas ainda mantém 48 reféns, dos quais apenas 20 estariam vivos. Todos devem ser libertados até segunda-feira (13). Em contrapartida, Israel se compromete a liberar cerca de 2.000 prisioneiros palestinos e iniciar a retirada parcial de suas tropas da região.
O acordo também prevê a criação de uma força-tarefa internacional para localizar os corpos de reféns mortos durante o conflito. A equipe será formada por representantes de Israel, Estados Unidos, Catar, Egito e Turquia, e atuará em áreas de difícil acesso na Faixa de Gaza.
A assinatura do pacto ocorre quase dois anos após o ataque do Hamas ao sul de Israel, em 7 de outubro de 2023, que deixou 1.200 mortos e 251 pessoas sequestradas. Desde então, a ofensiva israelense resultou em mais de 67 mil mortes em Gaza, segundo o Ministério da Saúde local.
O cessar-fogo é visto como um passo decisivo para a estabilização da região, embora especialistas alertem que a reconstrução e a reconciliação entre os povos ainda exigirão esforços diplomáticos prolongados.