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Segovia discutiu com Temer criação de nova carreira para a PF

Por Agência O Globo

16/01/2018 17h01 — em
Brasil



BRASÍLIA — Na semana em que responderá as 50 perguntas feitas pela Polícia Federal (PF0 no inquérito em que é investigado, o presidente Michel Temer se reuniu com o diretor-geral do órgão, Fernando Segovia, para discutir uma demanda antiga da classe: a criação de carreiras de apoio, e por consequência, novas vagas para a corporação.

O tema foi pauta do encontro de Segovia com Temer na segunda-feira e também com representantes de entidades como a ADPF (Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal), Fenapef (Federação nacional dos Policiais Federais), APCF (Associação Peritos Criminais Federais) realizado na manhã des terça-feira. O delegado Delano Cerqueira Bunn, idealizador do plano, apresentou os detalhes às associações e federações. Elas levarão à chefia da PF sugestões sobre o projeto até a próxima semana. Depois de formatar uma proposta que agrade todas as entidade, Segovia a encaminhará ao Congresso Nacional.

A ideia defendida pela direção da PF é criar uma carreira intermediária dentro da Polícia Federal para realizar atividades de menor complexidade, como escolta de presos e até monitoramento de fronteiras. Parte desse efetivo pode integrar uma tropa da PF fardada. Quando apresentou pela primeira vez a proposta, em 2015, o delegado Cerqueira Bunn sugeriu a criação de cerca de 5 mil novas vagas. No encontro de hoje, porém, nenhum número foi definido, segundo participantes da reunião. A proposta também tem o objetivo valorizar os agentes ao incumbi-los principalmente de de funções mais nobres, ligadas às investigação investigação, e deixar as mais corriqueiras para integrantes dessas novas carreiras, que teriam salários inferirores.

— É bem-vinda a proposta de reestruturar a PF para torná-la ainda mais eficiente no combate ao crime. Mas ainda vamos avaliar. Temos que saber, por exemplo, quais serão as atribuições específicas desses novos cargos. Vamos estudar e dar nossa contribuição a esse processo — afirma o presidente da ANPC, Marcos Camargo.

A chefia da PF também apresentou uma proposta de plano de carreira para os policiais federais baseada não só no tempo de serviço, como é hoje, mas na meritocracia. O projeto é criar um sistema de avaliação promoção com bases em metas que serão estabelecidas por carreira. Outra proposta é a construção de um museu nacional da PF para relatar histórias e feitos da instituição.

O mesmo plano apresentado às entidades foi levado a Temer e ao ministro da Justiça Torquato Jardim que deram aval para que a proposta fosse debatida.


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