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Prefeitura promete moradias transitórias para famílias

Por Folha de São Paulo

24/01/2022 10h34 — em
Variedades



SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Com o aumento do número de famílias em situação de rua durante a pandemia, a Prefeitura de São Paulo anunciou um programa de moradias transitórias para atender principalmente os sem-teto com crianças.

Segundo Carlos Bezerra, secretário de Assistência e Desenvolvimento Social do município, o projeto-piloto vai oferecer, até o fim deste ano, 330 unidades, que podem atender até 1.600 pessoas. As famílias poderão ficar até 12 meses nas moradias.

"É uma política que condiz com o contexto atual dessa população. Quem foi para as ruas nesse período perdeu emprego, renda e casa. Sem ter onde morar, não consegue conquistar os outros dois. É um ciclo perverso."

Apesar de Bezerra afirmar que a prefeitura tem como "prioridade absoluta" encontrar soluções para o aumento da população de rua, o projeto terá capacidade de atender apenas uma parcela dessas pessoas. Considerando o total de sem-teto, só 5% poderão ser contempladas neste ano.

Bezerra diz que o plano é expandir o número de moradias transitórias até o fim da gestão, em 2023, e alcançar até 10 mil pessoas. O total de unidades, local de instalação e custo do programa não foram informados.

Para as primeiras 330 unidades, a secretaria estuda construir casas modulares de 18 m² na região central da cidade, em terrenos do município --a localização não foi informada. A prioridade será para famílias com crianças ou idosos que vivem há menos de um ano na rua.

Ainda que a promessa seja entregar essas unidades neste ano, a prefeitura ainda não fez contratação para construir as moradias.

"Quando se trata de ações para a população em situação de rua, o tempo é fundamental porque, quanto mais a pessoa permanece na rua, menos chances tem de recuperar sua autonomia. Precisamos agir rápido para evitar consequências ainda mais devastadoras dessa crise social que estamos vivendo."

Além da moradia transitória, as famílias serão acompanhadas por equipes de saúde e assistência social que irão ajudá-las a encontrar emprego. "Experiências de outros países mostram que, com essas ações, a pessoa consegue se restabelecer no período de um ano e recuperar sua autonomia." IP


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